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Ditadura argentina fez 604 desapropriações

A ditadura militar na Argentina (1976-1983) expropriou 604 empresários de seus negócios, segundo um levantamento divulgado hoje pela Secretaria de Direitos Humanos da Argentina.

De acordo com a agência estatal Télam, entre os métodos utilizados pelos militares para as expropriações estiveram "o sequestro, a ameaça, a assinatura de cessão de propriedades ou ações para empresas fantasmas e venda final para empresas monopolistas".

A secretaria criou, em novembro do ano passado, a Unidade Especial sobre Crimes Econômicos para investigar essas expropriações, entre as quais esteve um caso que ficou famoso na Argentina sobre a fabricante de papel jornal Papel Prensa.

Os jornais Clarín e La Nación, os dois de maior circulação na Argentina, são acusado de trem se apropriado ilegalmente da empresa utilizando recursos de lesa-humanidade para forçar a concessão com seus proprietários.

Entre outros casos de destaque estão o de Federico e Miguel Gutheim, pai e filho, donos da exportadora de fios de algodão Sadeco. Eles foram sequestrados em 1876 e obrigados a assinar acordos econômicos com Hong Kong.

O caso levou o procurador federal Federico Delgado a pedir 10 anos de prisão contra os ex-ministros da Economia José Alfredo Martínes de Hoz e Albano Eduardo Harduideguy, ambos da época da ditadura.

Outro caso conhecido na Argentina é o dos empresários do ramo de leite Carlos, Alejandro e Rodolfo Iaccarino, que também foram sequestrados e torturados para que vendessem seus 25 hectares em Santiago de Estero e o avião privado deles

Fonte: Ansa