Rádio Comunitária: ABRAÇO-CE defende união de entidades

O comunicador popular e diretor da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO– CE), Sérgio Lira, visitou a Associação Comunitária dos Bairros Ellery e Monte Castelo (ACEM) e defendeu a união das entidades da região para fortalecer a luta por uma concessão de rádio comunitária.

Sérgio apresentou a proposta durante a reunião da diretoria da Associação e foi apoiado por todos os membros da entidade. Ele argumenta que esta é uma das últimas possibilidades de se conseguir uma rádio comunitária para a região pois, além da Associação Comunitária, outras instituições do Monte Castelo entraram com o pedido junto ao Ministério das Comunicações (MC).

O comunicador também alega que já existem emissoras em funcionamento há menos de 4 km, distância mínima entre duas rádios permitida pela Lei 9.612, que criou o Serviço de Radiodifusão Comunitária e isso também criaria dificuldade para que, isoladamente, cada uma das Associações consigam sua concessão.

Lira também informou que a ABRAÇO–CE está desenvolvendo campanha para que o MC libere mais um canal de frequência para Fortaleza, o que permitiria que fossem autorizadas mais rádios para cidade. Atualmente só existe a frequência 97,9 disponível para a capital que recebeu a liberação de 11 concessões.

O dirigente da ABRAÇO foi convidado para apresentar a ideia na plenária do Conselho Gestor do Projeto do Açude João Lopes, formado por integrantes das entidades populares e sociais dos bairros Ellery, Monte Castelo e São Gerardo com o objetivo de acompanhar e fiscalizar a obra de reurbanização do açude. O encontro será aberto e vai acontecer na próxima quinta-feira, dia 18 de agosto, a partir das 18h30, na escola Martinz de Aguiar (Rua Bernardo Porto, s/n, Ellery).

Mandacaru FM à espera de autorização

Durantes os anos de 1998 a 2003, funcionou, na sede da Associação Comunitária, a Rádio Comunitária Mandacaru FM 98,5. A emissora desenvolveu importante projeto de comunicação popular e fez experiências inovadoras na área de gestão e programação, mas foi bastante perseguida pelas rádios comerciais e os órgãos de fiscalização do governo. Apesar de ter integrado o primeiro grupo de entidades de Fortaleza que entraram com o pedido de concessão, junto ao Ministério das Comunicações, ainda em 1998, a Associação nunca conseguiu autorização para funcionar e só conseguiu ficar no ar por 5 anos, devido à luta da comunidade e do Movimento de Rádios Comunitárias de Fortaleza e também as liminares que foram expedidas pelo poder judiciário.

Fonte: Sítio do Bairro Ellery