Ministro do Transporte nega envolvimento com corrupção
O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou que sua "atitude e forma de agir sempre se pautaram pelos melhores princípios de conduta ética". A declaração foi feita em responda ao senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que lhe perguntou "de onde partiu a voz de comando no esquema de corrupção arquitetado" no ministério. Paulo Passos participou de audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado nesta terça-feira (16).
Publicado 16/08/2011 17:14
Ele assumiu o Ministério dos Transportes depois de pedido de demissão do senador Alfredo Nascimento, que saiu da pasta após as denúncias de corrupção envolvendo superfaturamento de obras.
“Quem está lhe falando aqui é um homem honesto, de vida correta”, declarou o ministro. Ele afirmou que não é necessária a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de corrupção em sua pasta. Segundo ele, as acusações podem ser investigadas pela Justiça e por outros meios.
Diante da insistência de Álvaro Dias em criar uma CPI, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), questionou a oposição: “Quantas CPIs aconteceram nos governos de Serra, Alckmin e Aécio? Não houve por falta de pedidos?” indagou.
Ao ser questionado pelo senador Demostenes Torres (DEM-GO) se seria verdade que Valdemar Costa Neto despachava no Ministério dos Transportes, o titular da pasta, Paulo Pereira Passos, negou ter conhecimento disso. “Não me consta que ele tenha escritório no ministério para despachar”, declarou.
Deputado federal por São Paulo, Valdemar é secretário-geral do PR, partido envolvido nas denúncias de corrupção nesse ministério.
Sobre a questão dos aditivos em licitações, que são muitas vezes vinculados a casos de superfaturamento, Paulo Passos disse que "ministro de Estado não examina nem aprova aditivos; eles estão previstos na Lei 8.666 (Lei das Licitações) e devem ser utilizados, desde que dentro da legalidade".
Fonte: Agência Senado