Luciano manifesta apoio à mobilização de professores de PE

“Como integrante do Poder Legislativo e representante do PCdoB, quero dizer que o Dia Nacional de Luta em Defesa do Piso, além de justo é mais do que oportuno. E mais do que justo e oportuno há de ser um elemento a mais de incentivo e estímulo aos trabalhadores da educação e a todos nós que lutamos por um Brasil soberano, democrático e progressista, para que nós passamos ir mais além”, afirmou Siqueira.


O protesto aconteceu ontem (16) onde cerca de cem professores da rede estadual de ensino realizaram um ato público para marcar, no Recife, o Dia Nacional de Paralisação da categoria.

“Tramita no Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação. A comissão especial agora se desdobra na avaliação de mais de duas mil emendas propostas pelas entidades nacionais de professores, pela UNE e UBES, visando aprimorar o plano e nele estão contidas conquistas recentes importantes para a educação no País. Mas, a minha expectativa e a expectativa de todos aqueles que participam da luta do povo é de que os professores travem uma luta bem maior, com um objetivo mais amplo, porque no Brasil de hoje é possível pensar mais alto ainda”.

Reformas estruturais



Para a atenta plateia reunida nas escadarias da Assembleia Legislativa do Estado, Luciano lembrou que o Brasil precisa de reformas estruturais. “Nós precisamos de uma reforma do sistema educacional brasileiro de baixo para cima e não há mais como adiá-la em função das exigências do desenvolvimento do País. Não é possível dar um passo adiante no desenvolvimento do Brasil sem completar a reforma agrária, sem fazer a reforma urbana, sem a reforma tributária, sem a reforma politica, sem a democratização da mídia e sem a reforma do sistema educacional”, destacou.

Segundo o parlamentar, “nenhum país do mundo alcançou taxas elevadas de crescimento, nenhum país do mundo pode crescer sem dividir riquezas, valorizar o trabalho, com sustentabilidade ambiental e apoio a uma vertente fundamental e decisiva que é a educação”.

“Se dizem que falta recursos para uma reforma completa do sistema educacional, que assegure a universalização, qualidade e valorização do trabalhador da educação, é possível responder que não, que é possível sim se obter recursos de duas formas. Uma é fazendo a reforma tributária, é fazendo com que os detentores de grandes fortunas paguem impostos, pois hoje eles dispõem de muitos mecanismos para não pagar ou pagar pouco. Uma reforma onde quem ganha pouco pague pouco e quem ganha muito pouco pague nada, uma reforma tributária progressista”, enfatizou.

A outra forma de se obter recursos para a educação, segundo Luciano, é destinar à educação parte dos recursos oriundos da exploração do petróleo. “Em breve o Brasil terá a oportunidade de usufruir de recursos fantásticos advindos da exploração do gás e do petróleo da camada do pré-sal. Por que não fazer como outros países e destinar não apenas 10% do PIB, mas 50% dos recursos do pré-sal para a educação, ciência e tecnologia?”, indagou.

Consciência avançada

“Não é apenas pelo piso que nós lutamos, é preciso assegurar condições de trabalho, de renumeração, de formação continuada para que os professores possam cumprir o papel estratégico que tem da formação de uma consciência avançada do nosso povo e dos pilares para verdadeira emancipação da nação e do povo brasileiro”, disse Luciano.

Ao encerrar, ele reafirmou sua crença no papel da educação para o desenvolvimento do País e no projeto socialista. “Sou daqueles que não abre mão do sonho socialista e por isso digo e repito: sem a reforma educacional, sem o papel decisivo da educação no processo de desenvolvimento, nós não alcançaremos o nível de consciência que haveremos de alcançar para que o povo brasileiro possa vislumbrar bem adiante e lutar pela pátria socialista”.

Reivindicações

Os professores da rede estadual reivindicam o pagamento do Piso Salarial do Magistério – de R$ 1.597,87-, cumprimento da lei que prevê 1/3 da jornada de trabalho para aula atividade, além da destinação de 10% do PIB para a educação.

Fonte: Site de Siqueira.