Preço ao consumidor sobe 0,5% em julho nos EUA, mais que previsto
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,5% nos EUA em julho na comparação com junho, na série com ajuste sazonal. Foi a maior alta desde março e superou as estimativas de analistas consultados pela Dow Jones, de aumento de 0,3%. Em junho na comparação com maio, o IPC americano havia recuado 0,2%.
Publicado 18/08/2011 16:02
O núcleo do índice, que exclui alimentos e energia, teve alta de 0,2% em julho, em linhas com as previsões. Na comparação com julho do ano passado, o índice pleno apresentou alta de 3,6%, mas o núcleo subiu apenas 1,8%, segundo o Departamento de Trabalho.
Objetivos contraditórios
Teoricamente, o Federal Reserve (FED, banco central dos EUA) busca manter a inflação estável abaixo dos 2,0% e a taxa de desemprego, hoje em 9,1%, a mais baixa possível. Todavia, face à estagnação da economia, a instituição mantém a taxa básica de juros em patamar negativo (abaixo da inflação), entre zero a 0,25%, ao mesmo tempo em que promove uma política de estímulo quantitativo (Quantitative Easing) ou emissões de dólares que pressiona os preços.
Ou seja, são aspectos contraditórios da política monetária, que parece não estar conseguindo nem uma coisa nem outra: os preços sobem além da previsão e a taxa de desemprego continua elevada, enquanto a economia emite sinais de cansaço e estagnação.
Os preços de energia subiram 2,8% em julho, depois de recuarem 4,4% em junho. Os preços da gasolina avançaram 4,7% no mês passado, respondendo por quase metade de toda a variação do índice. Os preços dos alimentos subiram 0,4% em julho, o dobro do porcentual registrado em junho.
O salário semanal médio real recuou 0,1% em julho. Desde o pico atingido em outubro do ano passado, os salários ajustados para a inflação cederam 1,3%, indicando que os salários continuam arrochados, o que mantém a demanda deprimida e também ajuda a moderar a pressão inflacionária.
Da Redação, com agências