Dilma rebate a mídia: Denúncias não afetam relação com aliados
A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (19) que as mudanças no governo causadas por denúncias de corrupção não afetarão a relação do Executivo com a base aliada no Congresso.
Publicado 19/08/2011 13:08
Dilma reagiu à reportagem da revista britânica The Economist, que na edição desta semana afirma que a presidente pode ter problemas para aprovar reformas importantes após o afastamento de dezenas de servidores de ministérios, citados em supostos esquemas de corrupção.
"A minha base de sustentação também não concorda com malfeitos, e eu não vejo nenhum motivo para isso acontecer, de ter maiores problemas no Congresso", disse Dilma em entrevista à rádio de São José do Rio Preto (SP).
"Agora, onde houve problema de corrupção, nós somos obrigados a tomar posição", disse.
Denúncias de corrupção levaram à renúncia dos ministros Alfredo Nascimento (Transportes) em julho e Wagner Rossi (Agricultura) nesta semana.
A presidente evitou o julgamento antecipado dos citados em denúncias.
"No Brasil, existem instituições de justiça, existe uma Polícia Federal que é uma polícia ágil, existe um Ministério Público atuante e existe um Judiciário que cada vez mais procura ser célere e ágil", disse ela. "É esse sistema que pode julgar alguém".
"É um absurdo voltar atrás na roda da história e acabar com a presunção da inocência. As pessoas são fundamentalmente inocentes até que se prove ao contrário".
Com agências