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Reino Unido pressiona por ampliação de sanções à Síria

Os representantes do Reino Unido apresentarão nesta sexta-feira (19) a brasileiros e demais integrantes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Ibas (grupo formado pelo Brasil, a Índia, Rússia e África do Sul) o texto da resolução propondo a ampliação de sanções à Síria.

O objetivo da ação é pressionar essas nações a aceitarem novas sanções contra o país presidido por Bashar Al Assad, sob o pretexto de ele atender "às recomendações de fim da violência e de busca pelo diálogo".

Nesta manhã, diplomatas russos informaram que são favoráveis à saída de Assad. O Itamaraty, no entanto, disse à Agência Brasil que os representantes brasileiros querem conhecer em detalhes a proposta dos britânicos sobre as sanções para depois assumir uma posição.

Os representantes da Espanha se uniram hoje ao Reino Unido, à França, à Alemanha, a Portugal e aos Estados Unidos na ação de intimidação ao governo da Síria. Para os representantes do imperialismo, Assad "não cumpriu" sua palavra de encerrar os confrontos no país.

Quinta-feira (18), o Conselho de Segurança endossou a análise apresentada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas sobre Direitos Humanos que alega que a repressão aos manifestantes sírios "pode representar um crime contra a humanidade”.

No entanto, só no sábado é que chegará a Damasco, capital síria, uma missão humanitária para analisar a situação.

De acordo com a análise, baseada em reportagens da mídia e de relatos apresentados pelas forças ligadas à oposição islâmica, cerca de 2 mil pessoas teriam sido mortas pelas forças do governo. Para corroborar o pretexto usado pelo imperialismo, o documento destaca o suposto assassinato de um adolescente de 13 anos e a suposta execução de 26 pessoas com os olhos vendados em um estádio.

O documento não faz referências às vítimas produzidas pelas gangues financiadas e armadas pela oposição, como os cerca de cem soldados assasinados em Homa, que tiveram seus corpos atirados ao rio Orontes

Ontem, os Estados Unidos e seus satélites – Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia – pregaram a saída do presidente da Síria como "solução" para o impasse político-militar ao qual foi jogado o país.

A administração americana anunciou, inclusive, a adoção de sanções individuais envolvendo o comércio de petróleo e negociações financeiras e econômicas entre sírios e norte-americanos.

Oposição russa

Desmentindo as informações publicadas nesta sexta sobre um suposto apoio à derrubada de Al-Assad, o governo russo manifestou-se contrário à renúncia do presidente sírio e acredita que ele precisa de mais tempo para pôr em prática as reformas que propôs

"Nós não apoiamos esses chamados e acreditamos que é necessário agora dar ao regime do presidente Assad tempo para implementar todos os processos de reforma que foram anunciados, disse , disse nesta sexta-feira (19) uma fonte do Ministério de Relações Exteriores, segundo a agência de notícias russa Interfax.

A posição da Rússia diverge da pressão e intimidação que o imperialismo vem tomando contra o governo Al-Assad.

Na quinta-feira o presidente dos EUA, Barack Obama, e a União Europeia fizeram sua primeira exigência explícita de renúncia de Assad. Estados Unidos e seus satélites disseram que vão preparar uma resolução contra a Síria para ser apresentada ao Conselho de Segurança (CS) da ONU.

A Rússia, que tem poder de voto no CS, por ser membro permanente, tem dito que não apoiará uma resolução contra a Síria, mas aprovou um comunicado em 3 de agosto que criticava a violência e pedia o fim da repressão.

Com agências