Líderes comunistas da Serra dão sustentação à visão socialista

O tom adotado por Assis Melo e Junior Piaia na convenção do PCdoB de Nova Bssano serviu de plataforma para os comunistas do município, de Veranópolis e Cotiporã, ao responderem o porquê da escolha partidária. O presidente da sigla em Nova Bassano, Márcio De Conto, fez um breve resgate histórico para relatar como se deu a opção pelo PCdoB.

criado pcdob em nova bassano - Roberto Carlos Dias

“Por que do PCdoB? A gente começou a plantar ideias, lançar sementes, na cidade. A gente lançava a semente e ela secava antes de germinar frutos. Encontramos no PCdoB o terreno fértil para plantá-la, regá-la para crescer, para que dê frutos bons e saborosos, que são saúde, educação e moradia. Somos fracos quando estamos só. Mas podemos ser fortes quando somos dois, três, quatro ou mais, com a visão de socialismo do PCdoB”, ponderou o dirigente.

Egresso do PMDB, o vice-presidente da legenda em Nova Bassano, Juacir José Sasso, também demonstrou convicção na escolha. “Era vice-presidente do PMDB e saí porque o partido não tem mais bandeira. E escolhi o PCdoB exatamente por ter bandeiras e projetos. Hoje, o PMDB vive só de cargos. Em Nova Bassano, o PCdoB não será moeda de troca. Quando eu era criança, meu dizia os comunistas estão chegando, no sentido de assustar. O Brasil já poderia ser comunista há muito tempo. Mas será (comunista), porque esse caminho é irreversível. Quem gosta de pobres não são os comunistas. Os comunistas querem melhorar a vida das pessoas. A especulação financeira é a verdadeira vergonha nacional, quem impede essa igualdade. Quero que o rico dê emprego, mas pague bem. Não somos contra os empresários, mas queremos que eles sejam justos.”

O comunista Dalmo Scussel, de Cotiporã, também expôs sua experiência herdada no conhecimento acumulado na militância comunista: “O comunismo vem da comuna. Também éramos do PDT, mas sempre mantivemos uma visão esquerda, popular e socialista. E no PCdoB encontramos esse conjunto de ideias.”

Filiado por Assis Melo no partido há mais de 20 anos, Clovis Antonio Fabi, deu o seu testemunho de que fazer política não significa troca por cargos ou projetos pessoais: “Muitas pessoas me perguntam: Por que você não muda de partido? Já teria sido vereador se fizesse isso. Costumo responder que sou PCdoB até a morte, por convicção, porque é um partido que em todo esse tempo que sou militante nunca mudou o seu foco, o seu rumo. Temos de parar de elitizar a política e eleger só representantes de partidos grandes.”

Para o Vermelho,
Roberto Carlos Dias