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Líder do PR assina CPI da Corrupção depois de abandonar base

Poucas semanas após romper com a base governista, o líder do PR, Lincoln Portela (MG), assinou há pouco o requerimento da oposição para que seja criada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção, para investigar as denúncias nos ministérios. “Entendi que essa CPI quer uma investigação limpa, sem querer prejudicar a governabilidade, mas trazer luz à sociedade brasileira das coisas que estão acontecendo. Eu seria incoerente se não assinasse”, disse Portela.

A CPI já conta com 119 assinaturas de deputados, das 171 necessárias, e 21 adesões de senadores, das 27 necessárias. Portela disse que a sua assinatura não é uma recomendação para a bancada, e garantiu que não vai retirá-la. “Eu não retiro essa assinatura, nunca coloquei assinatura em CPI e retirei”.

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Lincoln Portela refutou que esteja caminhando para a oposição. “Eu continuo apoiando a presidente Dilma”, assegurou.

O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), ressaltou o caráter “simbólico” da adesão de um líder governista. O líder da Minoria, Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), avalia que a assinatura é a “constatação inequívoca” de que os parlamentares estão confiantes no resgate da posição do Parlamento. Segundo ele, a assinatura do líder do PR pode incentivar a adesão de novos governistas.

PR e a corrupção

O Partido da República (PR) esteve no centro das denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes nos últimos meses. O presidente do partido, senador Alfredo Nascimento (PR-AM), anunciou nessa terça-feira (16) a saída do partido da base de sustentação do governo. 

Nascimento não escondeu a mágoa pela maneira como o partido foi tratado quando estouraram denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes, que, na ocasião, era comandado por ele. Ainda de acordo com o senador, o partido entregará todos os cargos que tem no governo.

Da Redação, com Câmara dos Deputados e Agência Brasil