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Paulo Bernardo volta a afirmar que não houve irregularidades

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, voltou a afirmar que são falsas as denúncias de uso irregular de avião de uma empreiteira, a construtora Sanches Tripoloni. Segundo ele, tanto suas viagens quanto as de sua esposa, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, foram regulares. “Eu sou obrigado a responder sobre informações dadas em off a jornalistas, mas não há qualquer prova contra a qual eu possa argumentar”, disse.

A empresa e seus sócios teriam doado mais de R$ 500 mil para a campanha de Hoffmann ao Senado, mas Paulo Bernardo afirmou que a informação tem sido usada de forma leviana, pois a companhia, de acordo com ele, fez doações para o comitê do PSDB nacional e estadual, e para diversos senadores eleitos. Ele confirmou que conhece os sócios da empresa, e declarou que pegou carona em muitos aviões durante suas campanhas anteriores, mas que, como ministro, costuma andar em aviões de carreira.

Sobre o crescimento da empresa em questão, o ministro sugeriu que os deputados da oposição fizessem uma comparação com 20 ou 30 empresas do setor de construção, e garantiu que encontrariam crescimento semelhante. “Nós não tínhamos investimento, e as empresas cresceram junto com a decisão do governo de investir”, sustentou.

Obras do PAC

Com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), disse o ministro, a liberação de recursos ficava garantida, e após a entrega de uma obra havia um prazo de 15 dias para o pagamento final das empreiteiras. “Isso foi para resgatar a credibilidade do governo, porque as empresas antes recebiam após 3 ou 4 meses”, destacou.

O ministro explicou ainda que o contorno rodoviário de Maringá (PR), que tem sido citado em denúncias de favorecimento pessoal dele quando era ministro do Planejamento, foi uma emenda de todos os parlamentares do Paraná. Ele argumentou que da mesma forma que as bancadas de vários partidos procuravam o ministério para inclusões no PAC, a do Paraná pediu a inclusão dessa obra. “Fica parecendo que foi o ministro quem fez a emenda e liberou do outro lado, mas foram os parlamentares do meu estado que fizeram, e nos convenceram de que a obra era importante”, afirmou.

Paulo Bernardo foi questionado pelos deputados do DEM Onyx Lorenzoni (RS), Rodrigo Maia (RJ) e Pauderney Avelino (AM). Os parlamentares relembraram as denúncias publicadas nos últimos dias pela imprensa quanto ao ministro e a doações de campanha de sua esposa.

Os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gilmar Machado (PT-MG) chegaram a tentar impedir que o ministro fosse questionado pela oposição sobre assunto que não fazia parte da audiência pública, que deveria tratar de rádio digital. Mas o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o ministro responderia aos deputados, mas que gostaria de resumir o assunto a uma única resposta, uma vez que na próxima semana o ministro virá à Câmara para falar sobre as denúncias na Comissão de Fiscalização e Controle.

Fonte: Câmara dos Deputados