África do Sul quer investigar crimes de guerra da Otan na Líbia
O vice-presidente sul-africano, Kgalema Motlanthe, pediu que o Tribunal Penal Internacional (TPI) abra um inquérito sobre as denúncias dos prováveis crimes de guerra cometidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) durante os raides aéreos na Líbia.
Publicado 25/08/2011 17:32
Mothlante, que respondia a uma série de questões no Parlamento sul-africano sobre a crise política no país do norte da África, disse que o TPI deve estender o seu campo de investigação para incluir o papel desempenhado pelas forças da Otan ao ajudar os agressores oposicionistas nos seus esforços para destituir o governo do coronel Muamar Kadafi.
"Eles tentam criar a impressão de que os rebeldes agem sozinhos nos ataques em Tripoli, mas existe laços e uma coordenação clara a este nível", afirmou.
"A questão é saber se ela terá os meios de verificar esta informação e julgar os responsáveis, incluindo os chefes da Otan no terreno", sublinhou.
As declarações de Mothlante seguem-se às fortes críticas feitas contra a Otan pelo Presidente Jacob Zuma e pelo ex-presidente sul-africano, Thabo Mbeki, que afirmaram que numerosas vidas humanas poderiam ser salvas se a União Africana (UA) tivesse sido autorizada a levar a cabo o seu mandato na Líbia.
Para Zuma, as potências ocidentais mancharam os esforços e as iniciativas da UA para gerir a situação.
Zuma tentou encontrar uma solução para a crise que dura há seis meses, efetuando duas visitas pessoais, em vão, a Tripoli.
Por seu turno, Mbeki afirmou que o conflito na Líbia poderia terminar antes se o mundo ocidental tivesse ouvido os dirigentes africanos.
Com agências