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Manifestantes não veem evolução para lei anticorrupção na Índia

Representantes do governo e da equipe do ativista social Anna Hazare voltaram a se reunir nesta quinta-feira (25), para discutir as possibilidades de elaborar critérios para erradicar a corrupção na Índia. Segundo informações, as expectativas não são positivas.

Os pequenos avanços da reunião ocorrida na véspera com a presença de todos os delegados de Hazare – que nesta quinta iniciou sua décima jornada de greve de fome, já com sinais de debilidade física.

A terceira rodada de negociações fez aflorar por um momento a esperança de um entendimento entre o governo e a sociedade civil em relação à conciliação de um projeto de lei anticorrupção que agrade ambas as artes envolvidas.

“Mas o governo sofreu significativas mudanças e vamos precisar retomar as negociações desde o ponto zero”, ressaltou Prashant Bhushan, um dos três enviados de Hazare. “Estamos muito decepcionados”.

O ministro da Justiça da Índia, Salman Khursheed, um dos representantes do governo negou que teria “problemas” porque “não estariam retomando o diálogo (os representantes da sociedade civil).

Entretanto, a equipe médica de Nova Déli reiterou sua preocupação pelo estado de saúde de Hazare, de 74 anos. O ativista gandhiano recusa ser hospitalizado e receber glicose na veia. “Hoje faremos novos exames em Hazare”, afirmaram os médicos. Até ontem, o ativista havia perdido quase seis quilos e apresentava a pressão arterial e de pulso abaixo do normal.

Hazare afirmou que manterá a greve até que o governo aprove o rojeto de anticorrupção e pediu aos seguidores que não se deixem vencer pelas autoridades. Seguidor do princípio de Gandhi de “desobediência civil não violenta”, o ativista alertou aos manifestantes para não caírem em provocações. “Se a polícia tenta detê-los, a violência pode explodir. Mantenham a calma. Não me importa se tiver que ir para a prisão”.

Seus colaboradores temem que diante dos poucos sinais de negociação, o governo tente desalojar o ativista, para acabar com a greve de fome, quanto para evitar uma possível morte, como Hazare tem anunciado: “vou levar a greve até as últimas conseqüências”.

Fonte: Prensa Latina