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Morte de pai de Bachelet será investigada pela justiça chilena

Justiça chilena investigará a morte do general da Força Aérea do Chile Alberto Bachelet, pai da ex-presidente Michelle Bachelet, que faleceu em 1974, depois de ser torturado na Academia de Guerra, durante a ditadura militar (1973-1990).

O caso ficará a cargo do juiz Mario Carroza, que já é o responsável pela investigação da morte do ex-presidente Salvador Allende.

"A ação foi interposta pelo crime de homicídio em função das torturas que o pai da presidente Michelle Bachelet teria sofrido durante os interrogatórios na Academia de Guerra. Neste momento estão sendo feitas investigações oficiais e veremos os resultados obtidos para realizar futuras ações", assinalou o magistrado.

No caso, já prestaram depoimentos a viúva de Alberto, Angela Jeria, e o ex-subsecretário da Aviação durante a administração Bachelet, Raúl Vergara, que ficou preso junto com o pai da ex-presidente.

O general foi detido e torturado por ter se oposto ao golpe militar liderado por Pinochet e morreu na prisão aos 51 anos.

Tanto sua filha quanto sua esposa também foram encarceradas durante a ditadura militar pela polícia secreta do regime.

Em 2005, a Justiça encerrou o processo judicial pelos supostos assassinatos de Bachelet e do ex-coronel Carlos Ominami, ao determinar que era "assunto encerrado".

Nessa ocasião, o coronel reformado Edgard Ceballos, membro do Comando Conjunto, foi processado. Nestes últimos dias, com a reabertura do caso, ele voltou a prestar depoimento.

Fonte: Ansa