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Hezbolá destaca apoio da Síria na luta contra agressão israelense

O secretário-geral do Partido de Deus libanês (Hezbolá), xeque Hassan Nasrallah, fez nesta sexta-feira (25) uma defesa do apoio prestado pela Síria aos libaneses e palestinos que, segundo ele, não teriam conseguido resistir às agressões israelenses sem o apoio sírio.

"Apesar de todas as pressões, a Síria manteve sua postura, não abandonou seus valores e os direitos árabes. Se assim tivesse feito, a causa palestina teria saído perdedora. A Síria consolidou a causa, impedindo sua liquidação", disse Nasrallah em uma videoconferência.

O secretário-geral do Hezbolá pronunciou o discurso por ocasião do "Dia de Al Quds (Jerusalém)", proposto há 30 anos pelo aiatolá Ruolá Khomeini, fundador da República Islâmica do Irã (1979), já falecido.

Além disso, pediu aos dirigentes árabes a pôr fim à insurreição na Síria, já que, segundo sua opinião, os líderes sírios querem realizar reformas.

"Todos devem contribuir, entre eles os árabes, a acalmar a situação na Síria porque caso contrário porá em perigo a Palestina e toda a região", pediu o religioso xiita, que insistiu que os esforços devem concentrar-se em acalmar a situação e manter um diálogo.

Para Nasrallah, "o Líbano não pode ser isolado do que acontece na Síria. Os eventos positivos e negativos repercutirão não só aqui, mas em toda a região".

Além disso, acusou o Ocidente de tentar transformar a Síria em um país confessional como o Líbano para que haja conflito: "Querem empurrar a Síria em direção à desunião para poder aplicar o projeto do novo Oriente Médio", apontou.

Ele também advertiu os sírios a respeito do que chamou de "esforços americanos" em pressionar o país no sentido de que faça concessões, afirmando que Washington não quer reformas na Síria.

"Todos aqueles que se dizem amigos da Síria precisam se esforçar para ajudar a acalmar a situação no país e encorajar o diálogo e uma solução pacífica", disse.

Nasralla afirmou também que Israel tenta judaicizar a cidade de Jerusalém, expandindo suas colonias ilegais para a região oriental da cidade.

Nasrallah também conclamou a Liga Árabe e os líderes do mundo árabe e muçulmano que reconheçam os direitos palestinos sobre Jerusalém, agregando que todos os problemas que os palestinos enfrentam têm origem na ocupação israelense.

O líder da resistência libanesa também pediu pelo fim da ocupação israelense e a formação de um Estado Palestino soberano e independente em terras palestinas.

"Os palestinos têm todo o direito de negociar a existência de seu Estado a partir da fronteira de 1967 – antes da guerra dos seis dias — mas eles não devem se negar a lutar pelo resto da Palestina, como nós aspiramos, pelo estabelecimento de um Estado palestino independente em todas as terras palestinas", disse à múltidão que o assistia na cidade de Maroun al-Ras.

Nessa localidade libanesa fronteiriça com Israel foram registraram sangrentos combates entre soldados israelenses e a resistência libanesa, durante a agressão israelense de 2006.

Com informações da PresTV