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Trípoli sofre com ataques aéreos, falta de água e de eletricidade

Aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o braço militar do imperialismo, fizeram ataques aéreos durante a noite de sexta-feira (26) e a madrugada deste sábado (27) em Trípoli e em Sirte, no sul da Líbia. A cidade natal do líder líbio Muamar el-Kadafi, Sirte é dada pela mídia ocidental como o "último grande foco de resistência" do governo do país.

As tropas regulares ainda estão ativas na cidade e o paradeiro do líder líbio ainda é desconhecido. Um porta-voz da Otan afirmou que instalações militares, veículos e uma plataforma de lançamento de mísseis encontrados em Trípoli, teriam sido bombardeados, apesar de as tropas regulares estarem teoricamente concentradas no Sul do país.

O avanço das forças leias à Otan para Sirte foi paralisado perto do porto petrolífero de Ras Lanuf, apesar da chegada de mais reforços. As forças irregulares agressoras e o que restou do exército líbio estão se preparando para o que pode ser uma grande "batalha final".

As condições em Trípoli estão se deteriorando e maior parte da capital líbia está sem água, eletricidade e saneamento básico. Há relatos de que o fornecimento de água na capital parou lentamente. Algumas lojas estão abertas, mas não foram reabastecidas. No entanto, não há saques.

De acordo com jornalistas da BBC, os hospitais já não têm mais suprimentos e está cada vez mais difícil encontrar alimentos e combustíveis. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu o envio urgente de ajuda humanitária para o país e também para que a comunidade internacional ajudar a restaurar a ordem na Líbia.

O Reino Unido informou que está enviando remédios e alimentos para a Líbia. O governo britânico vai fornecer equipes médicas para tratar os 5 mil feridos e alimentos para quase 700 mil pessoas. Os hospitais de Trípoli estão em situação caótica.

Profissionais do setor de saúde deixaram a cidade e corpos em decomposição se acumulam nos centros médicos. Um repórter da BBC diz ter visto cerca de 200 corpos amontoados no Hospital de Abu Salim. A maioria dos mortos são de jovens e muitos deles são de trabalhadores imigrantes da África Subsaariana, dados como "mercenários" pela mídia ocidental. Há também corpos de mulheres e crianças.

Os rebeldes alegam que controlam a maior parte de Trípoli com "apenas" algumas áreas de resistência do exército líbio. Porém, ocorreram violentos embates em volta do aeroporto internacional.

Com agências