No Chile, estudantes e governo se reúnem para negociar educação
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, reúne nesta terça-feira (30) representantes dos estudantes para negociar o fim da série de protestos, que dura três meses no país. A ideia é definir um plano de ação que prevê investimentos e mudanças na educação. Ontem, Piñera determinou a demissão do chefe da Polícia da área de Santiago, Sergio Gajardo.
Publicado 30/08/2011 09:02
O ministro da Segurança Interior e da Administração Pública, Rodrigo Hinzpeter, anunciou a demissão de Gajardo depois da morte do estudante Manuel Gutierrez, de 14 anos. O adolescente foi vítima de uma bala e a suspeita é que o tiro partiu de policiais durante a paralisação geral na semana passada. Além do chefe da Polícia, foram demitidos mais quatro policiais.
Na tentativa de encerrar o impasse com os estudantes e professores, Piñera pediu o empenho de todos para “não agravar o problema”. Os estudantes exigem do governo garantias sobre os 12 pontos considerados essenciais para a reforma da educação no Chile, como mais investimentos no setor e garantias de ensino superior gratuito.
O governo de Piñera apresentou três propostas, mas os estudantes e os professores não aceitaram nenhuma delas. Ontem, os estudantes decretaram um dia de luto em homenagem a Manuel Gutierrez e reuniram-se com o ministro da Educação, Felipe Bulnes, para definir os termos das negociações que serão conduzidas hoje por Piñera.
As últimas paralisações no Chile foram consideradas as mais intensas desde a redemocratização do país com o fim do governo do ex-presidente Augusto Pinochet (1973-1990). Piñera propôs aumentar o número de bolsas de estudo e de recursos orçamentais para a educação e reduzir a taxa de juros que é cobrada sobre empréstimos estudantis.
Fonte: Agência Brasil