Sem categoria

Chile: protestos continuam em segundo dia de greve nacional

Milhares de pessoas participaram passeatas nesta quinta-feira (25) em quatro pontos de Santiago para se reunirem em uma grande manifestação no centro da cidade, no segundo dia de uma greve nacional de 48 horas, convocada por uma central sindical e apoiada por estudantes e professores.

As quatro manifestações avançavam simultaneamente pelo centro de Santiago sem incidentes até o momento, apesar de uma delas seguir um percurso que não tinha autorização da Intendência (governo).

O protesto foi convocado pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT). Os manifestantes exigem uma ampla lista de reivindicações em um movimento que afeta o presidente de direita Sebastián Piñera 17 meses após sua posse.

Com pedidos que vão desde uma reforma da Constituição e uma mudança no Código de Trabalho até a diminuição dos impostos dos combustíveis, o primeiro dia de greve, na quarta-feira, conseguiu paralisar Santiago parcialmente, deixando um saldo de 348 detidos e 36 feridos em desordens registradas durante o dia, de acordo com um balanço oficial.

A manifestação desta quinta-feira foi precedida por uma noite de violência, que somou mais 108 detidos em nível nacional e 42 policiais feridos. No início desta quinta-feira – assim como na quarta-feira – barricadas com fogo foram erguidas em várias esquinas de Santiago.

No centro da capital chilena algumas estações do metrô fecharam suas portas enquanto se registrava o avanço dos manifestantes, que marchavam segurando cartazes e bandeiras, sob os olhares atentos de um forte contingente policial.

À greve da CUT aderem estudantes e professores que, durante quase três meses, protagonizaram massivos protestos para exigir educação pública e de qualidade.

"Estamos pensando em novas convocações. Dissemos que ter uma educação é um problema social, é um problema de nossas famílias. Os trabalhadores estão com nossos pais também", afirmou a líder estudantil Camila Vallejo.

Fonte: AFP