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Sem justificativa, governo chileno adia reunião com estudantes

A esperada reunião entre o governo chileno e movimentos estudantis programada para esta terça-feira (30), foi adiado. O objetivo do encontro era tentar definir um plano de ação que prevê investimentos e mudanças no setor e colocar um ponto final nos protestos organizados pelos estudantes, que já duram três meses e mobilizaram todo o país.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, o secretário-geral do governo, Andrés Chadwick, deu o recado do adiamento aos estudantes que participariam das negociações. Ainda não há uma nova data. Chadwick não explicou o motivo do adiamento, mas garantiu que o presidente Sebastián Piñera estará presente, e que a reunião será realizada no Palácio La Moneda.

O ministro da Educação, Felipe Bulnes, sinalizou que o encontro poderia acontecer nos próximos dias e disse estar trabalhando para encontrar uma nova data. "Estamos chamando ao diálogo, e isso supõe um acordo entre os diferentes envolvidos. Precisamos procurar o dia em que as agendas sejam compatíveis”, afirmou ao jornal El Mercurio.

"Estou muito esperançoso de que será durante esta semana. Na quarta-feira, na quinta ou na sexta-feira”, disse Bulnes.

Os estudantes exigem do governo garantias sobre os 12 pontos considerados essenciais para a reforma da educação no Chile, como mais investimentos no setor e garantias de ensino superior gratuito. O governo já apresentou três propostas, mas os estudantes e os professores não aceitaram nenhuma, qualificando-as de "insuficientes".

Nesta segunda-feira (29), os estudantes decretaram um dia de luto em homenagem ao estudante Manuel Gutierrez, de 16 anos, morto por uma bala durante a paralisação geral na semana passada, em um subúrbio de Santiago.

Fonte: Ópera Mundi