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Força Sindical responsabiliza BC pela desaceleração da economia

O desempenho pífio do PIB no segundo trimestre deste ano, refletido numa expansão de apenas 0,8%, desapontou os sindicalistas e foi atribuído pela Força Sindical à política monetária conservadora do Banco Central, que na última quarta-feira, 31, anunciou a redução de 0,50% na taxa básica de juros, mas ao longo do ano promoveu cinco altas consecutivas da Selic. O Vermelho reproduz abaixo a nota divulgada nesta sexta, 2, pela central.

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A condução da política monetária pelo Banco Central (BC), que se curva vergonhosamente aos especuladores, foi a grande responsável pelo crescimento de apenas 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País no segundo trimestre deste ano ante ao mesmo período de 2010. Infelizmente, o crescimento do País é muito aquém do necessário. Este dado causa preocupação quanto ao PIB de 2012.

É preciso um crescimento mais vigoroso da economia, que ficou atrás de países como China, Rússia e Índia. Vale destacar que o desaquecimento da economia mundial somado à nefasta condução dos cavaleiros do apocalipse do Banco Central, que agem como estimuladores à especulação, verdadeiros inimigos do setor produtivo, são os principais culpados por este resultado no PIB, que poderia ser maior, se as taxas de juros estivessem menores.

A taxa de juros em patamar estratosférico praticamente aniquilou a produção industrial e o consumo, tornando-se uma trava para o setor produtivo. Vale destacar que o crescimento da indústria no período citado foi de apenas 0,2%.

A manutenção da taxa básica de juros impediu uma expansão maior da economia. Somente em 2011, os tecnocratas do Banco Central subiram cinco vezes a Selic. A primeira queda demorou e só irá refletir no desenvolvimento em alguns meses. Isto é mais uma clara demonstração de subserviência das autoridades monetárias ao sistema financeiro especulativo.

Precisamos de uma agenda focada no desenvolvimento, no fomento da produção, da geração de emprego e na distribuição de renda.

Paulo Pereira da Silva (Paulinho), presidente da Força Sindical