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Líbano diz à ONU que repudia fronteira imposta por Israel

O ministro das Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansur, enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para informar que seu país repudia e rejeita o mapa apresentado por Israel, que traça as fronteiras marítimas entre os dois países de forma arbitrária.

Segundo informação divulgada nesta segunda-feira (5) pela Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa, Mansur disse que o mapa geográfico israelense "viola o direito soberano e econômico das águas regionais e a zona econômica do Líbano e o priva de 860 quilômetros quadrados".

O ministro solicitou ao secretário-geral Ban que tome as medidas convenientes para evitar um eventual conflito entre ambos os países.

A descoberta de grandes quantidades de gás natural que Israel tem explorado em uma área que pertence ao Líbano é um dos motivos dos protestos do país.

Em 12 de julho, Mansur havia anunciado que o Líbano "se oporá a qualquer confirmação internacional de uma delimitação unilateral das fronteiras marítimas israelenses, inclusive se emitida pela ONU".

Ele também advertiu que "nenhuma companhia pode empreender trabalhos de prospecção de gás ou petróleo em zonas marítimas que são objeto de um litígio legal, político e de segurança".

A fronteira terrestre e marítima entre os dois Estados não está delimitada porque estão formalmente em estado de guerra. No ano 2000 a ONU começou a delimitar a fronteira terrestre entre as duas nações.

Israel alega que a linha que divide os mares territóriais dos dois países foi estabelecida por meio de acordos de Israel e do Líbano com o Chipre e que o Líbano teria traçado um limite mais ao sul do que o que alega ser o correto.

O Líbano retruca a alegação afirmando que o acordo com o Chipre não prevê a área em disputa com Israel.

Com agências