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Nicarágua: 160 mil famílias receberão ajuda econômica mensal

Cerca de 160 mil nicaraguenses poderão contar com um valor maior de ajuda financeira mensal: em maio, o bônus solidário, criado pelo governo sandinista para amenizar a miséria extrema, foi aumentado e essa diferença, acumulada desde setembro, será paga integralmente nesta segunda (5).

Segundo indicou a coordenadora do Conselho de Comunicação e Cidadania, Rosario Murillo, Os beneficiários são trabalhadores, entre eles aproximadamente 4 mil adultos, o que representa um auxilio direto para quase 160 mil famílias. O chamado Bônus Cristão, Socialista e Solidário Ampliado, será pago nesta segunda (5) retroativamente, ou seja, os nicaragueneses beneficiados receberão o porcentual de aumento acumulado desde setembro.

A ajuda per capita teve o limite ampliado para 700 córdobas (31 dólares norte-americanos) , por isso o programa ganhou o qualificativo de “ampliado” desde o mês de maio, quando o presidente Daniel Ortega elevou o valor do benefício, que até então era de 530 córdobas (cerca de 23 dólares).

Resgate da dignidade

Esta ajuda financeira faz parte de uma política de que visa restituir direitos cidadãos e que integra cerca de 20 programas sociais iniciados em 2007, com a chegada da Frente Sandinista de Libertação Nacional à direção do Executivo.

Entre os planos em curso destacam-se Usura Zero, Plano Teto (para melhorar moradias de pessoas humildes), e o Bônus Produtivo Alimentário do programa Fome Zero.

Não se trata apenas de medidas assistenciais. Um componente fundamental destes programas é dotar os cidadãos de recursos para incrementar a produção de bens serviços no campo e na cidade, a fim de a população desenvolva soluções duradouras.

Paralelamente o Estado, em aliança com o setor privado, tenta o incremento dos investimentos de caráter produtivo e nas fontes de emprego.

As empresas em zonas francas ocupam mais de 92 mil trabalhadores e a meta é superar as 97 mil vagas antes do fim do ano, destacou o general da reserva Álvaro Baltodano, assessor presidencial para os investimentos.
Apesar aos esforços, a Nicarágua continua inscrita entre as nações mais precárias do hemisfério ocidental.

Um estudo feito pela Fundação Internacional para o Desafio Econômico Global assinala que a pobreza passou de 44,7 por cento em 2009 a 44,5 em 2010; entretanto, a pobreza extrema caiu de 9,7 para 9 pontos percentuais no mesmo período .

Consideram-se pobres na Nicarágua aqueles que vivem com 1,88 dólares ao dia, e em situação extrema quando o rendimento é de 0,93 centavos de dólar.

Esta nação centro-americana, da mesma forma que outras em via de desenvolvimento, livram uma batalha desigual para sair da pobreza, sublinhou Daniel Ortega ao prestar seu relatório de governo no início deste ano.

"É uma batalha na qual não podemos recuar, os povos não podem recuar (…) com a segurança de que, como David derrubou Golias, assim os povos vão derrubar o capitalismo selvagem", afirmou o estadista.

Redação Vermelho com informações da Prensa Latina