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Mercado corta previsão de alta do PIB pela 6ª semana seguida

O mercado financeiro cortou suas previsões para o crescimento econômico brasileiro e a taxa de juro neste ano e no próximo, mas elevou os cenários para a inflação, mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 12.

O prognóstico para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 caiu de 3,67% na semana passada para 3,56%, enquanto o de 2012 recuou de 3,84% para 3,80%. Esta foi a sexta redução consecutiva na estimativa do PIB para este ano – há quatro semanas o mercado previa alta de 3,93%.

Juros em queda

A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) neste ano foi revista de 12,38% para 11%, e para o ano que vem caiu de 11,88% para 11%. A projeção para inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano passou de 6,38% para 6,45%, enquanto a do ano que vem foi revista de 5,32% para 5,40%. A previsão para a taxa de câmbio no final deste ano permaneceu em R$ 1,60 por dólar. A projeção no final de 2012 foi mantida em R$ 1,65.

A estimativa para o crescimento da produção industrial, este ano, passou de 2,63% para 2,60%. Para 2012, continua em 4,30%. A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 39,20% para 39,15%, em 2011, e permanece em 38%, no próximo ano. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada para US$ 23 bilhões para US$ 23,80 bilhões, este ano, e passou de US$ 11,60 bilhões para US$ 15,30 bilhões, em 2012.

Conta corrente

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 58,25 bilhões para US$ 57,87 bilhões, em 2011, e de US$ 68,51 bilhões para US$ 68,63 bilhões, no próximo ano. A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do País) permanece em US$ 55 bilhões, este ano, e em US$ 50 bilhões, em 2012.

O déficit em conta corrente continua elevado apesar do crescimento do superávit da balança comercial. A causa principal é a remessa de lucros ao exterior pelas multinacionais aqui instaladas, ao lado do avanço das despesas realizadas por turistas brasileiros em outros países.
 
Com agências