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Twitter é uma arma: pode-se ganhar ou perder votos em um clique

Considerando-se que 40% dos usuários não postam, só leem, é possível afirmar que o Twitter representa principalmente fonte de informação. Esta vocação transformou a ferramenta em um eficiente palanque eletrônico, que o diga Barack Obama! No Brasil, no entanto, tuitar ainda é uma alternativa de menor eficiência na corrida pelos votos: a massa de eleitores vituais é pequena e os políticos ainda cometem graves erros no manejo dessa mídia.

Por Christiane Marcondes*

Em um encontro informal com a imprensa americana, Dick Costolo, CEO do Twitter, revelou que o microblog possui 100 milhões de usuários ativos mensais, sendo que 40% só leem, não publicaram nenhum tweet no último mês.

Ainda do total mensal, 55% acessam o site por meio da interface móvel ou de aplicativos para smartphones, modalidade de acesso queteve um aumento de 40% desde o último trimestre.

Costolo afirmou também que, segundo dados do Google Analytics, o endereço twitter.com recebe mais de 400 milhões de visitantes únicos por mês, um aumento de 150 milhões desde janeiro desse ano.

Melhor não usar do que correr o risco de errar

A campanha eleitoral de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos representa uma vitória, também, do Twitter. Mas a eficiência dessa ferramenta eleitoral está muito mais no uso correto do que no poder de mobilização social que ela possui.

Os políticos brasileiros já aderiram e vão, aos trancos e barrancos, aprendendo a lidar com os incidentes, que ocorrem ainda em porcentagem maior do que acertos. Segundo fontes oficiais, dos 513 deputados federais, 253 têm perfil ativo no site de troca de mensagens curtas.

Os “escorregões” na comunicação imediata devem-se em primeiro lugar à velocidade que essa tecnologia exige, porque o tweet precisa estar sempre atualizado com os acontecimentos que concentram o interesse da opinião pública, gerando polêmica.

Em segundo lugar, os escorregões acontecem porque o twitter subverte a ordem na comunicação oficial: os próprios políticos postam em vez de recorrerem a profissionais que, antes da mensagem ir ao ar, possam avaliar e corrigir, se houver, distorções.

A legislação eleitoral, aplicada não só ao Twitter, mas a outras redes sociais, só permite a campanha na internet a partir do dia 5 de julho. Antes dessa data, o político que se revelar candidato ou fizer campanha poderá ser multado.

Os 253 deputados brasileiros com perfil ativo no Twitter possuem 230 mil seguidores, menos de 1.000 por perfil. Por isso e outros fatores, é difícil que os brasileiros assistam tão cedo a um fenômeno eleitoral como o de Obama nas redes sociais.

Segundo uma pesquisa divulgada em dezembro pelo IBGE, 65,2% dos brasileiros acima de 10 anos nunca tiveram acesso à internet. Nos Estados Unidos, é o contrário: o número de internautas passa de 74% da população.

*Redação do Vermelho com informações Tech Tudo