No Brasil, ministro cubano quer estreitar vínculos comerciais
O ministro de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros da República de Cuba, Rodrigo Mamierca Díaz, encontrou-se, nesta segunda-feira (12), com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e com empresários brasileiros, buscando estreitar os vínculos comerciais entre os dois países. Diaz reverenciou o comércio bilateral, e afirmou que pretende “promover o relacionamento econômico entre Brasil e Cuba”.
Publicado 13/09/2011 11:02
O ministro ressaltou a boa relação adquirida pelos governos brasileiro e cubano nos últimos anos e assegurou que há um grande potencial para expandir uma relação comercial entre os países, que já é representativo. “A partir de um bom relacionamento com o governo do Brasil, temos incrementado o intercâmbio comercial entre os dois países, colocando o Brasil entre os primeiros parceiros econômicos de Cuba.”
A compra de manufaturados e alimentos foi citada como a frente mais importante de importação de produtos brasileiro. Diaz ainda citou a necessidade de diversificação no comércio bilateral, não somente com o Brasil, mas com todos os demais países latino-americanos.
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Tomando as questões relacionadas à saúde como uma das principais pontes entre Cuba e Brasil, tanto Diaz quanto Skaf falaram da relevância de um fortalecimento do mercado, principalmente nas questões ligadas à biotecnologia. “Os cubanos têm coisas na área médica e na área da saúde que são positivas e podem ser mais bem aproveitados pelos brasileiros”, disse o presidente da Fiesp, filiado ao PMDB.
Reforçando a importância de expandir as relações comerciais entre as nações, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), que também participou do evento, citou a necessidade de os empresários brasileiros conhecerem melhor o processo vivido por Cuba e sua realidade.
“Precisamos construir confianças, Cuba é um país que tem a sua história diferenciada e tem, por exemplo, um alto nível educacional; isso é excelente para o ponto de vista de mão de obra qualificada”, explicou.
O presidente da Fiesp também falou sobre as mudanças vividas pela ilha. “Cuba está se transformando e poderá ser, sem dúvida, uma boa oportunidade de investimento nos próximos anos. Já existe uma realidade, com empresas satisfeitas, e essa realidade tende a melhorar com o tempo”, analisou Skaf, que ainda destacou a necessidade de o país oferecer segurança jurídica e institucional aos investidores estrangeiros interessados.
O ministro cubano afirmou ainda que a crise internacional também representa um grave problema para a economia cubana, principalmente no tocante à importação de alimentos. “Estamos em um processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento de nosso sistema econômico, sobretudo dando às empresas um papel mais ativo na economia interna”. explicou Diaz. Ele considera que “a economia cubana depende muito do comércio exterior”.
Nesta quarta-feira (14), Diaz se dirigirá à Brasília para conversas no Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio e com outros representantes do governo brasileiro.
Com Rede Brasil Atual