Cabral admite erro nos bondes e moradores pedem CPI

Os bondinhos de Santa Teresa, onde dia 27 do mês passado houve um acidente matando cinco pessoas e ferindo mais de 50, só voltarão operar quando todos os problemas forem resolvidos. Essa foi a promessa do governador Sérgio Cabral. Em audiência pública na Alerj, moradores pediram a criação de uma CPI para apurar o caso.

A afirmação foi feita pelo governador na saída da solenidade de abertura do Encontro Brasil-Alemanha, no píer Mauá, Zona Portuária do Rio, no dia 19. “Assumo o erro do nosso governo, mas vamos dar uma resposta que a população do Rio de Janeiro merece, e este cartão postal vai ser retomado de uma maneira que todos vão ficar muito felizes”, afirmou Cabral.

“Tudo isso tem que ser revisto. Durante quatro anos tratamos aquele patrimônio da mesma maneira desleixada e não respeitosa que os governos anteriores. Não tem explicação encontrar-se com tantos sérios problemas uma operação relativamente tão simples, que com investimento, cuidado, zelo e gestão poderia estar em outra situação”, constatou Cabral.

O governador disse que o sistema pode ser municipalizado e até já vem conversando com o prefeito Eduardo Paes neste sentido, mas só passará o serviço ao município depois de deixá-lo em boas condições de funcionamento.

Audiência

No último dia 15, foi realizada audiência pública na Alerj para tratar sobre a situação dos bondes. Apesar de convidados, não compareceram o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, assim como o Interventor Rogério Onofre e o presidente da Central, Sebastião Rodrigues.

A Associação de Moradores de Santa Teresa pediu uma nova audiência e que os ausentes sejam convocados e apresentou um requerimento de instauração de uma CPI.

Também foi pedido a formação de uma comissão tripartite, composta por parlamentares das três esferas, para acompanhar, propor soluções e discutir os problemas do Sistema de Bondes de Santa Teresa (SBST) e, por fim, a exoneração do secretário Júlio Lopes e a apuração de sua responsabilidade civil e criminal pelo ocorrido.

O presidente do Departamento de Transportes Rodoviários e interventor do Sistema de Bondes, Rogério Onofre, já disse que a recuperação do sistema de Bondes deverá levar cerca de um ano para ser concluída.