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Audácia para enfrentar a crise e reforçar o PCdoB

“Mais uma vez a palavra audácia foi a tônica da reunião do Comitê Central do Partido. Audácia para enfrentar a crise, para — a partir da queda dos juros — mudar a política econômico-financeira do governo, para cessar a política de ajustes fiscais e avançar na realização das reformas estruturais democráticas”.

Com essa afirmação o secretário Nacional de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo de Carvalho, fez um breve balanço dos temas abordados durante a 8ª Reunião do Comitê Central do Partido — realizada no último sábado e domingo (17 e 18), em São Paulo.

O Comitê Central aprovou um documento que define o posicionamento e as tarefas da militância no enfrentamento da crise mundial – que vive atualmente sua segunda fase aguda

Segundo o secretário de Comunicação, a reunião teve o mérito de chamar o Partido a se colocar à frente das lutas políticas e sociais do país — contribuindo ativamente com o avanço do processo de mudanças, iniciado pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o qual a presidente Dilma Rousseff tem feito esforços importantes para continuá-lo.

“O Partido avaliou positivamente as recentes medidas adotadas pela equipe econômica — nomeadamente a queda dos juros e a taxação de IPI sobre os veículos importados — como forma de proteger o mercado e a produção interna do Brasil”.

Ainda segundo o documento, a análise marxista inscreve a atual crise econômica como uma das três maiores já enfrentadas pelo capitalismo. Os comunistas alertaram para a necessidade de se confrontar o sistema com alternativas distintas, “que abram um novo ciclo político e econômico, que leve a rupturas do sistema, ele encontra sempre saídas, provocando maiores desastres econômicos, sociais e políticos, para prosseguir com seu processo de expansão”.

Organização partidária

Com esse espírito, o PCdoB também adotou medidas organizativas no sentido de reforçar ainda mais a ligação do Partido com as massas, a organização de base, a ideologia comunista e a luta de ideias em defesa do socialismo e do marxismo-leninismo.

Segundo o secretário de Organização, Walter Sorrentino, desde o 12º Congresso Nacional do PCdoB, essa foi a quarta vez que o tema Partido é pauta do Comitê Central. “Isso reflete a seriedade com que a gente trata a questão estratégica da construção partidária. A noção de que o Partido é o fator estratégico na luta pelos nossos objetivos políticos” afirmou.

Walter destacou ainda que o Partido deverá alcançar um crescimento superior a 30% nos últimos dois anos. “Também foram multiplicados por três vezes o número de bases organizadas — refletindo o êxito da orientação do 7º Encontro Nacional de Questões de Partido. Temos recebido a adesão de inúmeras lideranças em todo o país dispostas a participar das eleições do próximo ano pelo PCdoB. É uma realidade partidária muito expansiva e positiva que foi saudada pelo Comitê Central”.

Com o objetivo de preparar o Partido para uma participação exitosa nas mobilizações e lutas do povo e nas eleições de 2012, o CC definiu como tarefa para o próximo período — entre outubro de 2011 e maio de 2012 — a aplicação em massa do Curso do Programa Socialista, em especial aos militantes de base e intermediários. “Demos a isso o caráter de um teste de mobilização. O sentido é fortalecer a compreensão do Programa — que está na origem destes êxitos — e ao mesmo tempo fortalecer a vida militante de base”.

Nesse sentido, José Reinaldo reforça que “toda essa movimentação revela que o momento é propício à afirmação da identidade comunista do PCdoB e a que o coletivo partidário assuma plenamente a tarefa da luta de ideias”.

Movimentos sociais

Nivaldo Santana, eleito durante a reunião o novo secretário Sindical do Partido, enfatizou que o CC determinou ainda como prioridade, a intensificação da mobilização dos sindicatos e de outros movimentos sociais. “Essa definição coloca no centro da agenda política do país o desenvolvimento, e a necessidade de se criar um ambiente macro-econômico com juros baixos, câmbio que garanta a competitividade da indústria nacional e ampliação dos investimentos em infraestrutura nas áreas sociais — bandeiras que correspondem aos interesses dos trabalhadores”.

Ele falou ressaltou que seu trabalho à frente da Secretaria Sindical do Partido dará continuidade à gestão de João Batista Lemos – que assume novas tarefas na vida da construção partidária. “Iremos dar continuidade à vitoriosa gestão do camarada Batista e procurar abrir novos horizontes na luta pela afirmação do sindicalismo classista em nosso país”.

Da redação,
Mariana Viel