Espanha dissolve Parlamento e convoca eleições antecipadas
O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, dissolveu o Parlamento nesta segunda-feira (26) a fim de realizar eleições antecipadas, em meio à crise econômica do país. Zapatero, que não pretende tentar um terceiro mandato, assinou decreto que formaliza a convocatória paras eleições em 20 de novembro, quatro meses antes do planejado.
Publicado 26/09/2011 12:52
O premiê anunciou em uma coletiva de imprensa que o rei Juan Carlos assinou o decreto de convocação às eleições, o qual dá via livre à campanha eleitoral a partir de 4 de novembro, segundo estipula a legislação.
"Não é dia de balanço, é um dia em que se abre o tempo político de candidatos e forças políticas, para que formulem e contrastem propostas e os cidadãos possam decidir livremente e conscientemente sobre eles", disse o mandatário, que selará neste ano dois mandatos consecutivos do Partido Socialista Operário Espanhol, PSOE (2004-2011).
Rodríguez Zapatero anunciou no dia 29 de julho passado uma antecipação das disputas -previstas para março de 2012- pela conveniência de que um novo Governo assuma as rédeas econômicas ao início do ano fiscal, alegou.
Durante um breve e previsível discurso, segundo a imprensa espanhola, o presidente do Executivo expôs esperanças que a Espanha mais cedo que tarde ultrapasse as dificuldades econômicas.
Reiterou que continuará à frente do gabinete até 20 de novembro, dia das eleições, "em apego às leis, em cujo prazo poderiam se adotar medidas complementares se o contexto econômico o exigisse", disse o governante.
Conforme o decreto que entrará em vigor na terça-feira depois de publicado no Boletim Oficial do Estado, a campanha eleitoral no país começará em 4 de novembro, enquanto em 13 de dezembro devem se constituir os Cortes Espanholas (Parlamento) para a décima legislatura.
A 55 dias das eleições, as mais complicadas para o agrupamento socialista, as pesquisas mantêm como favorito o líder do conservador Partido Popular, Mariano Rajoy, em sua terça tentativa de chegar Palácio da Moncloa.
O rival do PSOE, Alfredo Pérez Rubalcaba, enfrenta, contrariamente, o maior desafio de sua carreira política, pois terá que reduzir a ampla brecha nas preferências de voto e recuperar a confiança do eleitorado no agrupamento socialista, criticado pela política econômica e a delicada situação de Espanha.
Apesar de o Parlamento espanhol estar oficialmente dissolvido, um comitê legislativo permanente pode aprovar medidas de emergência no caso de a crise na zona do euro piorar.
Com Prensa Latina