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ONU inicia análise do pedido de criação do Estado da Palestina

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne nesta segunda-feira (26), em Nova York, para analisar o pedido do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, de criação de um Estado autônomo e independente. A decisão depende de nove dos 15 votos do órgão, sendo que entre os países que ocupam assentos fixos não pode haver rejeição.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já informou que votará contra o pedido de Abbas. A expectativa é que as discussões no conselho levem cerca de quatro semanas até a sua conclusão. Na semana passada, durante as reuniões da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Abbas foi aplaudido de pé por representantes de vários países.

A presidente Dilma Rousseff defendeu o direito de os palestinos terem um Estado autônomo e independente. No ano passado, o Brasil reconheceu o direito de criação da Palestina. Dos 15 membros do Conselho de Segurança, seis se manifestaram em favor dos palestinos. Dos 193 países que integram as Nações Unidas, os palestinos dizem contar com o apoio de 127.

A previsão, de acordo com diplomatas que acompanham as negociações, é que a ONU estabeleça para os palestinos o status de Estado observador, como o Vaticano. O quarteto para as negociações do Oriente Médio, formado por representantes dos Estados Unidos, da União Europeia, das Nações Unidas e da Rússia, propôs uma retomada das negociações, estipulando um prazo para um acordo final até 2012.

As discussões foram interrompidas em setembro de 2010, com o fim da suspensão para a construção de novos assentamentos na Cisjordânia. Abbas disse neste domingo (25) que não haverá negociação sem uma interrupção total das construções.

A defesa de Abbas pela criação de um Estado da Palestina, nas discussões da ONU, fez com que a popularidade dele alcançasse níveis sem precedentes, segundo observadores estrangeiros. 

Em seu discurso Abbas afirmou que a decisão de pedir o reconhecimento do Estado palestino não é uma medida unilateral e não tem o objetivo de isolar Israel, mas é uma confirmação de fé no direito internacional, que não estaria sendo respeitado por Israel.

"Chegou a hora do mundo dizer se quer que a ocupação israelense continue. Chegou a hora do povo palestino ser livre e independente. Chegou a hora de o nosso corajoso povo viver como qualquer outro no mundo", enfatizou o presidente da ANP.

Informações da Agência Brasil