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França tem greve na educação contra demissão de professores

Os sindicatos de professores da França convocaram para esta terça-feira (27) uma greve que afeta tanto os centros de ensino públicos como os privados, em protesto por causa da redução do número de mestres e em um ambiente de descontentamento pelos resultados dos alunos.

A greve reúne centrais sindicais consideradas de esquerda e outras de direita, apoiadas pelas principais associações de pais de alunos. A principal motivação é o projeto de orçamento do Estado para 2012, que prevê a eliminação de 14 mil professores no próximo ano.

Com esse corte, que se concretiza no projeto de orçamentos que o Governo apresentará oficialmente amanhã (28), a diminuição do número de professores durante a atual legislatura, iniciada em 2007, se aproximará de 70 mil.

Os sindicatos baseiam seu protesto nos números da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo os quais a França é um dos países com mais alunos por professor: 24,5 de média no ensino médio, acima dos 23,7 do registrados na organização.

Os professores de centros privados se queixam de que com a situação atual não há a possibilidade de substituir um professor quando este se encontra ausente e que em muitas ocasiões é preciso suspender as aulas, em particular em áreas rurais.

O líder de uma das principais associações de pais de alunos, a FCPE, Jean-Jacques Hazan, ressaltou que já é possível observar os efeitos das 52 mil supressões produzidas desde o início do mandato do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Segundo o governo, quando entre 1980 e 1995 aconteceu um aumento do número de professores no país não houve paralelamente uma melhora dos resultados dos alunos, que são relativamente baixos de acordo com o diagnóstico da OCDE.

Fonte: EFE