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Novos assentamentos são 'bofetada' de Israel, dizem palestinos

Uma "bofetada em todos os esforços internacionais para proteger as diluídas perspectivas de paz na região". Foi assim que Saeb Erekat, negociador-chefe da Autoridade Nacional Palestina (ANP), classificou o anúncio da construção de novos assentamentos israelenses no sul de Jerusalém.

Segundo Erekat, essa é a “resposta de Israel” à última proposta do Quarteto de Madri (formado pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) para reiniciar as negociações de paz.

O Ministério do Interior israelense aprovou nesta terça-feira (27) o projeto de construção de 1.100 casas em uma área do sul de Jerusalém ocupada em 1967 e reivindicada pelos palestinos.

No sábado, horas após os palestinos apresentarem seu pedido de admissão na ONU como membro de pleno direito, o Quarteto de Madri (formado pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) apresentou uma proposta a israelenses e palestinos para retomar as negociações no prazo de um mês, em um processo que deveria ser finalizado em um ano com a criação de um Estado palestino em 2012.

A proposta do Quarteto se inspira em uma ideia do presidente francês, Nicolas Sarkozy, apresentada antes do início da Assembleia Geral da ONU como tentativa de encontrar uma saída à encruzilhada diplomática criada pela oposição dos EUA e de Israel ao pedido palestino.

"Israel respondeu ao Quarteto e à iniciativa francesa com 1.100 nãos. Netanyahu deixou em uma situação ridícula todos aqueles na comunidade internacional que insistem que há um parceiro para a paz em Israel", acrescentou o negociador palestino em seu comunicado.

Os novos imóveis serão construídos nas encostas da parte sul do assentamento de Guiló, em frente à cidade palestina de Beit Jala, e além da chamada "Linha Verde", a fronteira da Cisjordânia reconhecida internacionalmente desde 1967.

Com Opera Mundi