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Brasil quer retirada gradual de militares do Haiti

Para o Brasil, as tropas estrangeiras que pertencem às forças de paz no Haiti devem ser retiradas gradualmente do país. O ministro da Defesa, Celso Amorim, deverá detalhar nesta quinta (29), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, a posição do governo brasileiro que defende que os haitianos assumam a defesa do país. O governo do presidente do Haiti, Michel Martelly, trabalha para organizar um Exército com 3,5 mil integrantes.

A decisão foi divulgada em comunicado denominado Política de Defesa e Segurança Nacional. O porta-voz da Presidência do Haiti, Simon Jura, disse o governo examina a necessidade de haver “uma força de defesa nacional”. As forças de paz, com integrantes estrangeiros, atuam no Haiti há sete anos.

Por decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), foram enviados os homens das forças de paz para o Haiti no esforço de reorganizar o país dominado por guerrilhas e gangues. Houve denúncias de irregularidades de conduta envolvendo estrangeiros e suspeitas até que a epidemia de cólera foi levada por uma das tropas da Ásia.

O governo Martelly quer implementar no Haiti uma nova organização, no sentido oposto do que fez a gestão do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, que acabou com o Exército do país.

Também há a previsão de criação de um Ministério de Defesa e Proteção Civil e uma estrutura de serviços de informações. A partir de novembro, o Brasil terá um novo embaixador no Haiti: José Luiz Machado. Hoje ele será sabatinado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

Com Agência Brasil