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Diretor da OMC põe saída da crise mundial na mão de políticos

O Diretor Geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), Pascal Lamy, opinou que a solução para a crise econômica e financeira que açoita a comunidade internacional está nas mãos dos políticos.

Ao responder a perguntas da Prensa Latina durante um encontro na sede da OMC nesta cidade suíça, Lamy esclareceu que os máximos dirigentes de vários países serão os encarregados de adotar as medidas corretas ou não.

"O problema é ver se são capazes de transitar na direção adequada, porque correm o risco de equivocar-se, e os erros teriam consequências desastrosas", explicou, distanciando-se um tanto de outros vaticínios mais fatalistas de especialistas estadunidenses.

Lamy, de nacionalidade francesa, afirmou que, por razões históricas, deve-se acreditar que um porto seguro será alcançado, ainda que as iniciativas a serem adotadas requeiram uma reflexão profunda e bastante precisa.

Quanto aos ventos que sopram ameaçadores contra a moeda principal do Velho Continente, o outrora Comissário Europeu para o Comércio indicou que o mais importante hoje é fazer uma avalização detalhada de custos e benefícios.

"São momentos particularmente complexos e não acho que se vislumbre uma passagem satisfatória para todos os atores; no entanto, a dilatação do processo terá um limite", apontou, insinuando um tipo de "to be or not to be" com o euro.

Seus comentários tiveram lugar no marco de um Seminário sobre Comércio Mundial e Desenvolvimento Sustentável para representantes de meios de comunicação de 16 países da América Latina, que se encerrará nesta sexta-feira.

Lamy admitiu que todos os fenômenos que ocorrem no mundo sempre têm impacto sobre o bom desenvolvimento das transações comerciais, ainda que, por enquanto, o mesmo não seja muito significativo.

Depositou esperanças na ação do Grupo dos 20 (G20) e em seu conhecimento da magnitude dos problemas existentes, na Cúpula de Chefes de Estado ou Governo em Cannes, França, no início de novembro.

Será quando a França iniciará a passagem de poderes de sua presidência temporária para o México, encarregado de conduzir o G20 no ano de 2012.

Fonte: Prensa Latina