Maiores cidades rejeitam política econômica do governo
Embora os níveis de aprovação do governo e da presidente Dilma Rousseff tenham crescido na pequisa CNI-Ibope divulgada nesta sexta, a maioria da população nas cidades com mais de 100 mil habitantes rejeita a política econômica do governo.
Publicado 30/09/2011 15:19
Os dados da pesquisa CNI-Ibope mostram que, nas cidades com até 20 mil habitantes, o número de pessoas satisfeitas com a política econômica supera em dois pontos percentuais o de insatisfeitas – respectivamente, 47% e 45%. Já nas cidades com mais de 100 mil habitantes 58% desaprovam as ações do governo contra a inflação e apenas 36% a aprovam.
Nas cidades com população entre 20 e 100 mil, a maioria também desaprova a maneira como o governo está combatendo a inflação – 55%. Nessas cidades, 39% dos entrevistados acham que o governo está no caminho certo.
No total, a pesquisa mostra que, hoje, 55% dos entrevistados desaprovam a política antiinflacionária. Em março, no terceiro mês da gestão Dilma, o índice de desaprovação nessa área era bem menor – 42%. Hoje, apenas 38% aprovam.
59% contra política de juros
No caso da gestão da taxa de juros, a maioria da população também desaprova o governo – 59% –, mas a avaliação já foi pior. Na pesquisa de julho, 63% tinham essa opinião, o que indica que a decisão do Banco Central (BC) de reduzir os juros, mesmo com o aumento das expectativas de inflação, pode ter influenciado a opinião dos entrevistados – a pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 20 de setembro, depois, portanto, da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Comparativamente com a primeira sondagem CNI/Ibope, realizada em março, a aprovação da política de juros caiu 11%, refletindo o desapontamento do povo com as rodadas de alta dos juros promovidas pelo BC antes da reunião de setembro.
A pesquisa também revelou que a avaliação positiva das ações de combate ao desemprego do governo subiu quatro pontos porcentuais, de 49% para 53%, entre julho e setembro. O porcentual de desaprovação caiu de 47% para 42%.
Com agências