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Petróleo cai em Londres e NY por dificuldades na economia mundial

Os preços do petróleo estão em forte queda nos mercados internacionais, deslizando pelo terceiro dia consecutivo, numa altura em que a crise da dívida europeia continua a ameaçar o crescimento global. Em Nova Iorque, o óleo cru está em valores que não registava há mais de um ano, ao passo que, em Londres, o Brent já está abaixo dos 100 dólares por barril.

Por sua vez, o cru cede 3,05%, chegando a 75,24 dólares por barril em Nova Iorque. Nos últimos dois dias, os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) perderam, em cada sessão, mais de 2%. Assim, o petróleo negociado na bolsa norte-americana caiu para um valor que não marcava desde setembro de 2010, há já um ano.

Depois de dois dias descendo mais de 1%, os futuros do Brent do Mar do Norte estão a recuar 1,96% – para 99,72 dólares por barril. A matéria-prima não caía da “barreira” dos 100 dólares desde 9 de agosto.

A penalizar os preços do petróleo negociado em Londres está a revisão em baixa das estimativas do Goldman Sachs. O grupo prevê que os preços do petróleo vão estar, em média, nos 120 dólares por barril em 2012, quando antes apontava para os 130 dólares.

Hoje, o Goldman Sachs também cortou, noutro relatório, as previsões para o crescimento global, devido à crise da dívida na Europa, que continua ainda sem solução, com o adiamento das reuniões dos ministros das Finanças da Zona Euro.

Os receios de um abrandamento econômico penalizam a matéria-prima. “O mais importante é a economia, e os receios de um crescimento mais lento nos mercados emergentes são grandes orientadores [da tendência]”, comentou à Bloomberg o analista do Raiffeisen Bank International, Hannes Loacker.

Por outro lado, uma sondagem da Bloomberg aponta para uma subida do petróleo nas reservas norte-americanas que, a acrescentar a um retorno da produção da matéria-prima na Líbia em níveis superiores aos esperados, penaliza os preços do petróleo, já que indica maior oferta no mercado.