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Bancários farão grande manifestação na sexta (14)

O Comando Nacional dos Bancários orienta que todos os sindicatos do país fortalecerem e ampliem a greve da categoria, que já dura 15 dias. Na reunião desta terça-feira (11),  em São Paulo, ficou estabelecido que na sexta-feira acontecerão atos políticos em todo país. Além disso, serão solicitados encontros com a presidente Dilma Roussef e o presidente Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Murilo Portugal.

A paralisação, tida como a maior dos últimos 20 anos pelos bancários, já fechou mais de 9 mil agências e diversos centros administrativos fechados de bancos públicos e privados em todo o país.

O Comando Nacional, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), solicitará as audiência com Dilma e Portugal para cobrar empenho do governo federal na construção de uma solução para a greve. A O objetivo da entidade é retomar as negociações, forçando a apresentação de uma proposta melhor.

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“Vamos levar à presidente Dilma um relatório com dados que demonstram que é perfeitamente possível aos bancos aumentar salários, contratar mais bancários e melhorar as condições de trabalho e de atendimento aos clientes”, afirma Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

"Os bancos públicos federais fazem parte da Fenaban e podem assumir um papel fundamental para construir uma proposta decente, que atenda às reivindicações dos bancários", ressalta Carlos Cordeiro, residente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Segundo Cordeiro, os bancos brasileiros são os que mais lucram na América Latina, mas pagam um piso salarial menor do que o recebido por argentinos e uruguaios, por exemplo. Já para seus altos executivos pagam bônus muito maiores. Os dados são de uma pesquisa do Dieese e da Contraf-CUT. O salário de ingresso nos bancos no Brasil em agosto de 2010 era equivalente a US$ 735. O dos uruguaios de US$ 1.039 e dos argentinos US$ 1.432.

A entidade sindical também enviará cartas aos presidentes dos seis maiores bancos do país e que participam da mesa de negociações da Fenaban (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), e dos banco do Nordeste, do Brasil (BNB) e da Amazônia, cobrando a responsabilidade de cada instituição na retomada do diálogo.

da redação, com infornações da Contraf e Sindicato dos Bancários de São Paulo