Indignados espanhóis anunciam megaprotestos mundiais
Os indignados espanhóis, provenientes do movimento 15-M, anunciaram uma grande marcha que deverá tomar as ruas de 60 cidades da Espanha e de outros 45 países no próximo sábado (15). Ao todo, deverão ser 350 protestos, espalhados pelos cinco continentes.
Publicado 11/10/2011 12:07
Um mapa no site oficial das manifestações prevê protestos, inclusive, em diversas cidades do Brasil, em todas as regiões do país. “Os poderes estabelecidos atuam em benefício de poucos, ignorando a vontade da maioria, independentemente dos custos humanos ou ambientais que temos de pagar. Temos de pôr fim a esta situação intolerável”, relata o manifesto divulgado na internet.
O protesto já havia sido anunciado há alguns meses e a data foi escolhida depois que os organizadores analisaram o calendário à procura do mês em que o dia 15 caísse em um final de semana. Desta forma, o movimento deste sábado ficou conhecido como 15O, em referência a outubro.
As reclamações serão direcionadas aos quatro poderes: o financeiro (incluindo os paraísos fiscais, os bancos e as agências de classificação), o político (os líderes isolados do povo), o militar (os exércitos e a Otan) e o midiático (grandes grupos e censores da internet).
Ausência de lemas e líderes
Os organizadores chamam a atenção também para a falta de lemas e de líderes no movimento. “Se te perguntam ‘quem está por trás disso? ’, responda: eu!”, destacam. As redes sociais também são usadas pelos manifestantes, que indicam seus motivos para participarem dos atos.
“Não quero ser rico, simplesmente quero chegar à velhice para viver com meus filhos e netos, e também um planeta limpo e sustentável”, afirma um dos manifestantes. “Quero trabalho, não quero caridade”, diz outro. “Não somos de esquerda e nem de direita, somos de baixo e vamos nos colocar lá em cima”, relata outro dos “indignados”.
Por meio da manifesto, os organizadores das manifestações pedem que as pessoas espalhem os protestos para seus vizinhos, amigos e familiares. “Conte a eles porque é importante sair às ruas, porque não nos representam e porque não devemos pagar esta crise”, concluem.
Fonte: Opera Mundi