ONU ratifica direito à autodeterminação no Saara Ocidental

Em uma declaração emitida na ONU, o chanceler da República Árabe Democrática Saaraui (RASD), Mohamed Salem Ould Salek, reiterou a responsabilidade da organização mundial na descolonização desse território ocupado pelo Marrocos.

O ministro considerou que o texto aprovado na segunda-feira (10) estimula os esforços da ONU para acelerar a descolonização do Saara Ocidental, apesar dos obstáculos impostos pela ocupação marroquina.

Além disso, solicitou acelerar as negociações para o objetivo final de garantir o exercício do direito inalienável do povo saaraui à livre determinação e independência.

Ould Salek pediu ao governo do Marrocos que "deixe de remar contra a maré da história e ponha fim à sua agressão e a seus atrozes crimes contra o povo saaraui".

O chanceler ressaltou o apoio recebido pela RASD na ONU por parte de numerosos mecanismos regionais, entre eles o Grupo do Rio e a Comunidade do Caribe (Caricom).

A resolução adotada ontem sem votação no Comitê de Descolonização reafirmou o direito inalienável de todos os povos à livre determinação e à independência e a validade de todos os acordos da ONU sobre o Saara Ocidental.

Ao mesmo tempo destacou as rodadas de conversas oficiais e informais celebradas entre Marrocos e a Frente Polisário desde 2007 até julho de 2011.

O texto enfatizou que esses diálogos estão dirigidos a conseguir "uma solução política justa, duradoura e mutuamente aceitável que conduza à livre determinação do povo do Saara Ocidental".

Nesse sentido, chamou ambas as partes a entrarem em "uma fase mais intensiva das negociações, de boa fé e sem condições prévias".

A ONU tem o compromisso de realizar um referendo nesse território e desde 1991 estabeleceu ali uma missão (Minurso) integrada agora por 230 efetivos procedentes de 30 países.

O Saara Ocidental está incluído na lista oficial de 16 territórios não autônomos reconhecidos como tais pelo Comitê de Descolonização da ONU.

Fonte: Prensa Latina