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Evo Morales considerou históricas eleições judiciais

Depois de exercer seu direito ao voto em Villa 14 de setembro (Cochabamba), o presidente de Bolívia, Evo Morales, considerou históricas as eleições ao Poder Judiciário.

Morales antecipou o sucesso desta consulta, sem precedentes na Bolívia e no mundo, e afirmou que as novas autoridades deverão viver para a justiça e não viver dela, como era em governos anteriores, quando os magistrados eram eleitos a dedo.

"Muito contente, vejo tanta gente mobilizada, é uma festa democrática para todos os bolivianos. Pela primeira vez, após a fundação da Bolívia, o povo participa para eleger as autoridades do orgão judicial", reiterou.

Em declarações à Prensa Latina, Sandra Oblita, vice-presidente da Corte Nacional Eleitoral da Venezuela, afirmou que o mundo inteiro segue de perto este processo pelo fato de ser inédito.

Sandra, uma dos membros da delegação de observadores da União Sul-americana de Nações (Unasul), explicou que a presença de tal organização é de acompanhamento apenas.

Trata-se de uma cooperação horizontal, disse, na qual também nós aprendemos dos bolivianos.

Por sua vez, o Defensor do Povo, Rolando Villena, opinou que a vocação democrática dos cidadãos é digna de se imitar.

O Defensor do Povo sublinhou que para além dos comentários favoráveis ou desfavoráveis das frentes políticas e setores sociais, hoje o povo dará seu veredito.

Também o ex-presidente panamenho, Martin Torrijos, chefe da missão de observadores da Organização de Estados Americanos (OEA), antecipou que desta jornada virá uma festa eleitoral participativa.

"Não só como OEA, estamos observando este processo senão como latino-americanos, almejamos ter organismos judiciais que tenham maior independência e sirvam de exemplo para os países que estamos buscando condições em matéria de justiça", agregou.

Enquanto isso, a Coordenadora Residente das Nações Unidas na Bolívia, a japonesa Yoriko Yasukawa, estimou que é uma oportunidade para que a cidadania expresse seu voto e consiga renovar a justiça.

"O importante é que as pessoas vão às urnas para exercer seu direito de maneira livre e responsável", assinalou.

Este 16 de outubro, pouco mais de cinco milhões de bolivianos elegem os magistrados titulares e suplentes dos Tribunais Constitucional, Supremo de Justiça e Agroambiental; bem como do Conselho da Magistratura.

Fonte: Prensa Latina