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Fato histórico: Bolivianos elegem mulher indígena para magistrada

O governador de La Paz, César Cocarico, qualificou na segunda (18) como "um marco histórico" a eleição de uma mulher de pollera (vestimenta tradicional boliviana) para magistrada, durante as eleições realizadas domingo (16) para eleger ministros do Poder Judiciário. Ela obteve mais de 25% de votos para o Conselho de Magistratura, em uma contagem preliminar realizada por empresas de pesquisa.

Eleições judiciais - ABI

"Expressar minha alegria porque una mulher de pollera obteve meio milhão de votos, isso realmente diz muito sobre a democracia na Bolívia. Creio que devemos ponderar este fato que não deixa de ser um 'marco histórico' no processo democrático da Bolívia, no qual os excluídos agora são parte da administração de Justiça".

Cristina Mamani é advogada de profissão e, se forem confirmados os resultados preliminares, assumirá uma das vagas do Conselho de Magistratura, também será a primeira mulher indígena no órgão judicial.

Em 2010, Amalia Morales, outra mulher de pollera, foi designada, de maneira interina, pelo presidente Evo Morales como integrante do Conselho.

O Conselho da Magistratura tem como função a administração dos recursos financeiros e o exercício de controle disciplinar no Órgão Judicial, como determina a nova Constituição Política do Estado.

Para seu funcionamento, ele deve ser composto por cinco membros titulares denominados conselheiros, que trabalham de forma colegiada por um período de seis anos.

Fonte: ABI