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Fidel: Mentiras dos EUA sobre presos cubanos são insustentáveis

O ex-presidente de Cuba Fidel Castro criticou nesta segunda (17) a atuação dos Estados Unidos no caso dos antiterroristas cubanos presos há 13 anos no país. Segundo ele, a postura norte-americana é "insustentável". O líder da Revolução cubana também acusou o bloqueio que os EUA mantêm contra a ilha há meio século de "criminoso". E lembrou "grotescos atos terroristas" do país contra Cuba. 

No artigo publicado pela imprensa cubana, o ex-mandatário afirma que os Estados Unidos "não poderão sustentar suas mentiras grosseiras" contra os cinco heróis antiterroristas cubanos. Os cubanos foram presos após se infiltrarem em organizações terroristas com sede nos Estados Unidos para impedir atentados contra a ilha. Os EUA, contudo, os acusaram de espionagem.

No último dia 7, um dos cubanos, René González, terminou de cumprir pena e foi solto, mas, mesmo assim, a Justiça norte-americana o obriga a permanecer nos Estados Unidos, sob "liberdade supervisionada".

"A posição do governo dos Estados Unidos sobre os Cinco cubanos já é insustentável, como é também a sua justificativa para o criminoso bloqueio econômico contra nosso país e as medidas punitivas que se aplicam a empresas estrangeiras que fazem comércio com nosso país", disse.

Segundo Fidel, os fatos demonstram que, "no mundo globalizado de hoje, sob a égide do império ianque, não há garantia de segurança para qualquer outro país". "As Nações Unidas podem repetir mil vezes a rejeição unânime ao bloqueio econômico contra Cuba, ou qualquer outra ação, como o direito do povo palestino à sua constituição como Estado, sem que tal direito ou qualquer outro que não se ajuste aos interesses do império tenha qualquer efeito".

Em sua "Reflexão". Fidel Castro critica o fato de os Estados Unidos incluírem Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo. "Tão torpe e estúpida mentira parte do poderoso país que, a 90 milhas (cerca de 145 quilômetros) de suas costas, não somente aplicou contra Cuba um criminoso bloqueio, como também os atos mais grotescos de terrorismo cometidos contra esse país", insistiu Fidel. 

O ex-presidente enumera alguns desses atos cometidos pelos EUA, incluindo "bombardeios", "explosões", a organização de "grupos contrarrevolucionários", "planos para assassinar os líderes" da revolução cubana e a introdução de vírus e bactérias na ilha "para sabotar a produção de plantas e animais", bem como de doenças como a dengue hemorrágica.

O ex-presidente também classificou como um "castigo injusto" o cumprimento de três anos de liberdade assistida nos Estados Unidos, sem possibilidade de retornar a Cuba, por René González, o único do grupo que foi libertado neste mês. A "Reflexão" de Fidel terá continuidade nesta terça (18).