A juventude que não dá trégua ao PIG

Já era noite quando os grandes jornais anunciavam em tom triunfal que a presidenta Dilma Roussef iniciava reunião que sacramentaria, segundo eles, a exoneração do Ministro dos Esportes, Orlando Silva. A tática da mentira dita mil vezes, já conhecida pelos brasileiros, era agora testada contra o PCdoB, com seus 90 anos de história edificados na maior parte do tempo sob perseguição, ilegalidade e assassinato de seus dirigentes. O que o Partido da Imprensa Golpista não contava era com a forte reação do partido e principalmente de sua juventude que se armou nas mídias sociais para defender e virar o jogo a favor da verdade.

Foram dias formando uma trincheira que "envermelhou" o twitter e contagiou o facebook. A UJS elevou a tag SouOrlandoSouBrasil aos toptrends do twitter dois dias seguidos e ainda ironizou com muito bom humor a farsa montada pela Veja através da tag #VejaFactsByOrlando. Qualquer um que acompanhasse ambas as tags teria visto a expressão mais ousada, combativa e segura da juventude brasileira. Não titubeamos ao defender um Ministro que é um de nós, que peita a FIFA e a CBF para fazer valer os direitos conquistados pelo povo brasileiro e que constrói uma política de esportes em sintonia com o Brasil mais avançado, justo e com mais oportunidades.

É essa a juventude, que se orgulha de ser a maior dentre todas as organizações políticas de jovens do Brasil, que honra essa condição e põe em defensiva aqueles que antes consideravam suas vozes acima de tudo e de todos. Noblat e Reinaldo Azevedo não esconderam a irritação com a defesa incansável, madrugada adentro, que a militância da UJS promoveu. A cada ataque proferido ao partido e a Orlando, centenas de respostas, retuítes, artigos e notícias do lado de cá surgiam na internet. Ainda não é o suficiente, mas deu para enfrentar a força daqueles que usam da mentira massificada seu meio para tentar tutelar o país e o nosso povo. Ficou claro, nós incomodamos.

Minutos antes do anúncio de que Orlando Silva continuaria Ministro dos Esportes, quando Estadão, Folha e Globo davam como certa a sua saída, nós continuávamos a defender e a cobrar desse governo que nós não apenas elegemos, mas lutamos abnegadamente para eleger, a não sucumbir às mentiras e aos conluios da Veja com a CBF e a FIFA. A não aceitar a manobra midiática para derrubar, sem provas (mas principalmente com mentiras), Orlando Silva. Mesmo aos 45 minutos do segundo tempo, com 10 segundos para o apito final, nossas convicções, mesmo com toda a imprensa jogando contra, não reduziram nossa confiança e nossa disposição para enfrentar as mentiras.

Vencemos a batalha, mas não a guerra. Efetivamente, a guerra no Brasil só venceremos quando o país não estiver mais à mercê dos interesses comerciais de sistemas de comunicação que utilizam uma concessão pública para chantagear o governo.

No resultado parcial, foi mais um gol para a UJS. Nós sabemos lidar com o PIG. Em 2005, dezenas de nós, de todos os Estados brasileiros, ficamos hospedados em um Estádio de futebol mobilizando dezenas de escolas e faculdades para uma das maiores passeatas da década, quando enterramos, com mobilização popular, as intenções do PIG de derrubar o presidente Lula. O Fora Lula, que reuniu PSOL, DEM e PSDB, foi um vexame que seus próprios organizadores, mesmo contando com o apoio da grande imprensa, devem preferir não lembrar.

Desse embate, sai vitorioso o Ministro Orlando Silva, que promoveu uma defesa enfática que sensibilizou até mesmo os brasileiros mais céticos. De forma inédita, reagiu prontamente às denúncias, disponibilizou seus sigilos fiscal e bancário, reuniu as informações para desmascarar as mentiras contra si e falou com segurança e consciência tranquila no Congresso Nacional. Foi elogiado por deputados e senadores da situação e da oposição.

A presidenta Dilma, que não se deixou levar por acusações levianas de um policial militar que enricou desviando dinheiro público, que é investigado pelo TCU e foi denunciado pelo Ministério dos Esportes, sai vitoriosa. A partir desse gesto, perde moral o PIG quando seus interesses (e de seus patrocinadores) estiverem em conflito com os do Estado brasileiro.

Por fim, que nossa momentânea vitória sirva para o PIG lembrar que, para um partido que teve alguns de seus principais líderes assassinados por defenderem intransigentemente nossas convicções a favor de um Brasil a serviço de todos os brasileiros, disputar e vencer no campo de batalha das mídias sociais é tarefa de casa. Nós nunca vamos baixar a cabeça. Mantê-la erguida, convicta e firme percorrerá toda nossa história até a vitória final. Como diz a música… Pode vir quente.

* Secretário Estadual de Organização e Finanças da UJS