Médicos doam sangue no dia de protestos contra o SUS
A mobilização dos médicos de Pernambuco, no dia de Paralisação Nacional dos Médicos do Sistema Único de Saúde, nesta terça-feira (25), foi marcada por um ato de cidadania. Com os serviços de saúde eletivos suspensos por 24h, em protesto contra os baixos salários e ao sucateamento do SUS, a categoria esteve reunida durante todo o dia, no Parque da Jaqueira, para incentivar e promover a doação de sangue no posto móvel do Hemope.
Publicado 26/10/2011 13:36 | Editado 04/03/2020 16:57
Foi com o mote “Médicos de Pernambuco dão o sangue pelo SUS” que as entidades que representam a classe no Estado divulgaram a bandeira de luta por melhores condições para saúde pública do País.
O objetivo da paralisação foi reivindicar mais financiamento para a saúde pública, reajuste salarial, melhores condições de trabalho, além do aumento no número de leitos nos hospitais. De acordo com o presidente do Simepe, Silvio Rodrigues, houve uma atenção preliminar na comunicação com os órgãos competentes sobre a suspensão dos serviços para não provocar maiores complicações durante o movimento. Os serviços de emergência, urgência, quimioterapia, hemoterapia e hemodiálise não foram comprometidos. “A intenção não é prejudicar o paciente, mas lutar para que se tenha direito a condições dignas de atendimento”, destacou.
“Paramos, mas continuamos promovendo a saúde. A doação de sangue é um bom ato para mostrar que o médico luta pela saúde, pela vida, por dignidade e por condições humanizadas de trabalho”, comentou o vice-presidente do Sindicato, Mário Jorge Lobo. “Damos o sangue pelo SUS”, finalizou.
O movimento é nacional e foi liderado pela Associação Médica Brasileira (AMB), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). No Estado, a mobilização foi organizada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e pela Associação Médica de Pernambuco (Ampe). Além de Pernambuco, outros 24 estados aderiram ao movimento.
Fonte: Simepe