Comunistas realizam plenária para enfrentar os ataques da mídia

Na noite de quarta-feira (26), enquanto a presidente Dilma Rousseff se reunia com dirigentes do PCdoB para decidir que o ministro Orlando Silva entregaria seu cargo, a despeito de não ter aparecido nenhuma prova contra ele, os militantes do PCdoB da capital paulista e da grande São Paulo se reuniram para analisar os ataques enfrentados pelo partido nas últimas duas semanas e preparar a forma como o Partido vai responder a essa campanha de mentiras.

planária SP

Dirigida por Wander Geraldo, presidente do partido na capital, o plenário do sindicato dos engenheiros ficou lotado com mais de 300 dirigentes comunistas.

Nádia Campeão, presidente do Comitê Estadual frisou que os acontecimentos ainda estavam em andamento e que não poderíamos imaginar como se dariam os próximos capítulos, mas foi clara em reforçar que todos esses ataques tem um fundo político, e é com política que o partido deve respondê-las. Fez uma profunda análise dos interesses escusos por trás da tentativa de enfraquecimento de um dos ministérios que mais avançou no último período e que é responsável pela organização de alguns dos maiores eventos que o nosso país vai realizar, mas reforçou que por trás de todos esses interesses está o esforço da grande mídia, que há tempos cumpre o papel da oposição, para desestabilizar o governo Dilma.

Após essa intervenção inicial, Nivaldo Santana, Secretário Sindical do Comitê Central destacou a unidade que o partido tem demonstrado diante desse enfrentamento, desde os dirigentes do Comitê Central que desde o primeiro momento defenderam a honra do ministro e do partido, até os dirigentes municipais e de base que nos mais diversas trincheiras repetiram que não existia a menor possibilidade dos ataques terem algum fundo de verdade. O Secretário da Copa em São Paulo, Gilmar Tadeu, deu ênfase ao absurdo do momento político que estamos passando, onde um bandido comprovado vira fonte da verdade da mídia e que a sucessão de acusações que se seguiram – todas sem nenhuma prova – tem a mal disfarçada intenção de derrubar o ministro.

Para o vereador Netinho de Paula, o destaque maior ficou para a forma como a militância do partido agiu no meio desse turbilhão. Lembrou também da história do corneteiro de Pirajá, para reforçar que esse aparente revés, vai se transformar numa onda de crescimento do partido. E com alegria, recordou que São Paulo ganhará um importante reforço militante com a volta de Orlando. O também vereador Jamil Murad recordou que essa não é a primeira vez que o partido enfrenta de cabeça erguida as maiores dificuldades, referindo-se inclusive a momentos muito piores, quando enfrentamos a ditadura militar.

Nesse momento, uma ligação de Orlando Silva interrompeu as intervenções para avisar a todos oficialmente de sua decisão de enfrentar os ataques contra seu nome afastado do ministério e para, num momento de grande emoção para todos os presentes, afirmar que “segunda feira me apresentarei na sede estadual do Partido para aceitar qualquer tarefa que o partido indicar para minha militância”.

Foi nesse clima de comoção geral e grande unidade que a militância do partido demonstrou, a exemplo da faixa que ornamentava a mesa, que em nenhum momento dos últimos 90 anos os comunistas fugiram à luta! Pela reação de todos, agora não será diferente.

De São Paulo
Rovilson Sanches Portela
Secretário de Comunicação da Direção Municipal de São Paulo