Indignação: Jô Moraes repudia ação da Oposição

Ao participar da audiência da Comissão Especial para discutir o Projeto da Lei Geral da Copa do Mundo ((PL 2330/11, do Executivo), que neste momento ouve o ministro dos Esportes Orlando Silva, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) se disse indignada com a atuação da Oposição na Casa. “Ao invés de discutir a questão fundamental da audiência, prefere fazer questionamentos, ilações políticas e se ausentar da sessão”, disse.

Ela lembrou que na reunião onde o ministro foi ouvido sobre as denúncias contra a pasta, na semana passada, a Oposição optou por ouvir o denunciante, o soldado PM João Dias Ferreira. Segundo Jô, em afronta à Polícia Federal que convocara o militar a depor.

A parlamentar destacou ainda que a audiência para ouvir o ministro sobre a Lei Geral da Copa foi aprovada pela Oposição. E afirmou que “dos 182 convênios firmados pelo Ministério dos Esportes com Organizações Não-Governamentais (ONGs), 15 são realmente com prefeituras de seu partido, o PCdoB, mas outros 15 são com prefeituras do DEM e outros 15 com prefeituras comandadas pelo PSDB”.

Aval

Jô reiterou sua “profunda indignação” pelo fato de um deputado da Oposição (ACM Neto, líder do DEM) estar falando em nome do Brasil. Logo na chegada do ministro, ACM Neto cobrou acareação com o denunciante e atacou: “O Brasil não aceita o ministro tratando da Copa do Mundo; o País quer o ministro anos-luz distante da Copa e das Olimpíadas para não manchar os eventos”.

Ao se manifestar, ela rejeitou tal condição que o líder do DEM se atribui: “o Brasil é mais plural, mais democrático e é preciso ter votos para se falar em nome do Brasil, o que ele não tem”, reagiu.

A deputada, que é presidente do diretório estadual do PCdoB de Minas Gerais pediu respeito à sua legenda por sua luta, sua história e por se pautar pela defesa da democracia. “Temos desafios imensos a enfrentar e uma das questões preocupantes no tocante à Copa do Mundo é a arbitragem dos conflitos”, pontuou. Jô chegou a citar a possibilidade de um torcedor ser detido por usar uma camisa não-oficial, num estádio em que ocorrer um jogo, como exemplo.

“Só as pessoas com pensamento reacionário não se atentam para estas questões, para a importância de se tratar deste assunto, ponderou para levantar a questão da arbitragem. Segundo ela é importante que se defina o processo da arbitragem de conflitos, respeitando não só a Constituição Brasileira mas também os contratos internacionais. E este é um problema que deve ser solucionado o mais rápido possível, defendeu.

O ministro Orlando Silva, que chegou para a audiência na Comissão Especial por volta das 15 horas, ainda está prestando esclarecimentos, mas não responde a nenhuma questão relativa às acusações que lhe faz o policial militar, “em respeito à comissão e em respeito aos parlamentares que vieram na semana passada, vou me abster de digressões políticas”, justificou.

De Belo Horizonte,
Graça Borges