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Metalúrgicos de SP podem decidir greve no domingo

Após o comando de negociação dos metalúrgicos rejeitar a proposta patronal de reajustes, que varia entre 7,5% e 8,5%, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes pode votar por greve na assembleia que acontece neste domingo (30).

"Queremos uma contraproposta salarial satisfatória, e que contemple as reivindicações sociais da categoria, caso contrário, a partir da semana que vem vamos começar a parar as fábricas", disse Miguel Torres, presidente do sindicato.

Torres lembrou manifestações realizadas pelos metalúrgicos em São Paulo e em Mogi das Cruzes neste mês, o que mostra mobilização e "disposição" para uma paralisação da categoria caso as propostas das empresas não contemplem seus pedidos. "O que eu vejo na categoria é que a disposição para a greve está muito forte", afirmou. "O trabalhador quer um aumento razoável. Não somos radicais, mas queremos ser reconhecidos pelo nosso trabalho", concluiu.

Os metalúrgicos esperam que os representantes patronais façam uma contraproposta ainda hoje para que essa seja levada à assembleia de domingo. A categoria pede 12% de reajuste salarial, além da redução da jornada de trabalho e licença-maternidade de 180 dias. O sindicato representa cerca de 270 mil trabalhadores. A data-base da categoria é 1º de novembro.

Encontro com o governo

Diante da pressão dos Sindicatos dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e do ABC, o governo chamará em 30 dias um encontro para debater as reivindicações de aumento dos atuais 21% para 36% o conteúdo regional (peças nacionais ou do Mercosul) dos veículos fabricados no Brasil e de investimento em qualificação profissional.

Participarão do encontro com governo representantes do setor automotivo – sindicatos, montadoras, autopeças. “Queremos garantir a geração de empregos de qualidade e o desenvolvimento da produção nacional, com inovação de produtos, qualificação para a classe trabalhadora e investimentos no setor”, disse Torres.

Com agências