Sindicato dos Metalúrgicos na 16ª Marcha dos Sem em Porto Alegre.
Cerca de 500 pessoas ligadas a movimentos sociais e entidades representantes dos trabalhadores participaram na última quinta-feira, 27 de outubro, da 16ª Marcha dos Sem, em Porto Alegre. A caminhada percorreu a avenida Farrapos, saindo da Praça Pinheiro Machado até a Praça Matriz da capital, em frente ao Palácio Piratini.
Publicado 28/10/2011 16:56 | Editado 04/03/2020 17:10
O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul participou com cerca de 40 representantes. A coordenadora do Departamento Feminino, Eremi Melo, destacou que mesmo a classe metalúrgica tendo suas lutas específicas é preciso a participação de todos para as questões que afetam os trabalhadores, como a redução dos juros e o fim do fator previdenciário. “A participação dos membros do Sindicato dos Metalúrgicos é importante para que a classe entenda a necessidade da consciência de luta e da participação no conjunto das lutas.”
A atividade, organizada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) teve o intuito de dialogar com a classe trabalhadora e unir os movimentos sociais para reivindicar alguns eixos importantes da categoria como a distribuição de renda com geração de emprego, cobrar mais investimentos em políticas sociais do governo e protestar contra a corrupção.
A CTB participou da marcha com a proposta central de Desenvolvimento com Valorização do Trabalho. "É um projeto audacioso que contempla bandeiras de lutas pela redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, valorização dos aposentados e por uma política que possa haver desenvolvimento, mas com a participação dos trabalhadores e com distribuição de renda”, salienta Henrique Fermiano da Silva, secretário-geral da CTB.
Antes de chegar ao ponto de destino, os manifestantes munidos com faixas, cartazes e apitos, fizeram três pausas: a primeira, em frente à sede da Fecomércio, que tem inviabilizado a luta pelo direito dos trabalhadores; a segunda, na sede do Banco Central, em protesto aos juros elevados e; a terceira, no Escritório Regional do Ministério da Saúde, pela precariedade da saúde pública.
A marcha terminou na Praça da Matriz em frente ao Palácio Piratini, onde os membros da coordenação dos movimentos sociais entregaram um documento ao governador Tarso Genro. No ofício, constavam as reivindicações das entidades que participaram da marcha.
A Marcha dos Sem acontece desde 1996. Nesta, são defendidos sete eixos principais: emprego, salário, saúde, educação, reforma agrária, política agrícola e moradia. Questões básicas para a sobrevivência digna do ser humano.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul