Sem categoria

PCdoB lança coletivo e fortalece atuação no movimento LGBT

Lideranças comunistas do movimento LGBT de diversos estados brasileiros se reuniram na última sexta-feira (28), na sede do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em São Paulo, para definir os novos rumos e fortalecer a atuação do Partido na frente. Além de oficializar o lançamento do Coletivo Socialista LGBT, a reunião definiu a realização do 2º Encontro Nacional LGBT do PCdoB, que inicialmente deverá ser realizado em março de 2012.

reunião coletivo LGBT

A ideia é organizar nos estados a coordenação LGBT e fazer com que o PCdoB tenha mais presença nessa frente — reconhecendo o direito humano da livre orientação e ao mesmo tempo solicitando ao movimento que agregue às suas lutas outras bandeiras.

Segundo a secretária de movimentos sociais do PCdoB, Lúcia Stumpf, a reunião representa a consolidação da atuação do Partido em defesa das questões que envolvem. “O PCdoB dá um passo muito importante na organização do movimento LGBT comunista —voltado à bandeira socialista”. Lúcia reforçou que além da defesa do direito humano à livre orientação sexual, o coletivo irá integrar importantes bandeiras de luta do povo brasileiro. “Sem dúvidas essa será uma grande contribuição para a nossa articulação dentro da coordenação dos movimentos sociais, da luta pelas reformas estruturais — que também são defendidas por esse coletivo LGBT —, além da defesa das bandeiras específicas por mais direitos e contra a homofobia”.

Para a deputada estadual Angela Albino (PCdoB-SC), o coletivo deverá ainda fortalecer a atuação dos parlamentares comunistas em todo o Brasil nas questões que envolvem o movimento LGBT. “Nosso Partido, e consequentemente todos os parlamentares comunistas, têm compromisso com a causa da promoção dos direitos humanos — dentre os quais se inclui a questão da diversidade sexual”.

Ainda segundo a deputada catarinense, o Partido tem, ao longo dos últimos anos, buscado justamente aprofundar sua visão de longo prazo. “O PCdoB tem tido o cuidado de discutir a questão LGBT à luz das nossas perspectivas futuras. Não é apenas a questão do direito LGBT por si mesmo, mas inserido dentro de um contexto maior de promoção da dignidade humana e de construção de uma sociedade mais justa e fraterna”.

O secretário-adjunto de movimentos sociais do PCdoB e diretor geral da Unegro, Edson França, ressaltou a necessidade da integração das diversas ações do movimento em todo o país. “Temos um número significativo de comunistas que atuam no movimento LGBT, mas temos muitas ações dispersas. A ideia é unificar esse trabalho através de um coletivo. Vamos lançar o manifesto e apresentar para o Brasil uma corrente de pensamento que agrega o direito humano da livre orientação sexual, através da luta política para o avanço do povo brasileiro”.

O fortalecimento da atuação dos comunistas junto ao movimento LGBT integra as orientações da gestão anterior do Comitê Central. “Entendemos que a defesa da livre orientação sexual é uma questão que diz respeito a todo o coletivo partidário. E vamos tentar unificar e aprofundar mais a opinião do PCdoB sobre a questão LGBT”, explica Edson.

O coletivo prepara ainda a redação de um manifesto e de uma carta lançamento. Uma das primeiras ações do grupo será intensificara a presença dos comunistas na 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT, promovida pela Secretaria de Direitos Humanos, do governo federal, que ocorrerá de 15 a 18 de dezembro deste ano, em Brasília (DF).

Criado pela frente LGBT do PCdoB, a pretensão é de que o coletivo seja amplo — envolvendo militantes dentro e fora do Partido. Para o diretor LGBT da UNE, Denilson Junior, o coletivo contribuirá com novas perspectivas políticas nacionais. “Podemos dizer que o movimento vai crescer e que o PCdoB estará bem representado através desse coletivo”.

Da redação,
Mariana Viel