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Morre a presidente e fundadora do PC da Argentina, Fanny Edelman

A fundadora e presidente do Partido Comunista da Argentina (PCA), Fanny Edelman, faleceu nesta terça-feira (1º) em Buenos Aires, aos 100 anos de idade, segundo informações do secretário-geral do PCA, Patricio Echegaray.

Fanny Edelman

Edelman ingressou em um centro médico na última sexta-feira (29) vítima de uma infecção de vesícula, que logo ocasionou outras infecções, explicou Echegaray, em breve conversa telefônica com a Prensa Latina. Ele ressaltou a vida longa, intensa e dedicada sempre a causas nobres da veterana lutadora.

Por sua vez, a jornalista e escritora Stella Calloni qualificou como “irreparável perda” a morte de Fanny Edelman, por quem disse sentir uma “profunda e eterna admiração”.

A líder do PCA, pioneira e precursora das lutas femininas nos séculos 20 e 21, recebeu, em março último, pouco depois de completar 100 anos, a Ordem José Martí, a mais alta distinção que confere o Conselho de Estado da República de Cuba.

“Entre as mais próximas e firmes amigas, e entre as mais consequentes defensoras da Revolução cubana, esteve sempre Fanny, uma mulher política, transgressora, valente, patriota e internacionalista”, definiu a secretária-geral da Federação das Mulheres Cubanas, Yolanda Ferrer.

Na cerimônia, Ferrer leu fragmentos de uma carta enviada pela falecida presidente da FMC Vilma Espín a Fanny por ocasião de seus 90 anos, na qual fazia alusão ao vínculo muito sólido e gratificante mantido por ambas durante mais de quatro décadas.

“Sempre gostava de escutá-la (a Fanny) não apenas por sua sabedoria acumulada, mas também porque tinha a alegria de viver intensamente”, escreveu Espín.

“A Ordem José Martí é de todos os que lutamos duramente, mas sempre com a esperança, a alegria e a vontade de alcançar, ainda que fosse uma pitada, do que conseguiu Cuba em mais de 50 anos de Revolução”, garantiu por sua parte a também fundadora da União de Mulheres Argentinas (1947).

“Cuba”, enfatizou Edelman, “é uma lição cotidiana de como defender as conquistas, a soberania, e de como enfrentar as dificuldades com uma capacidade de resposta realmente extraordinária”.

Fanny Edelman nasceu em 27 de fevereiro de 1911 na província argentina de Córdoba e militava há 76 anos nas fileiras do Partido Comunista da Argentina.

Fonte: Prensa Latina

Tradução da Redação do Vermelho