Sem categoria

Soldado dos EUA admite que guardou dedos de afegãos mortos

O sargento norte-americano Calvin Gibbs, acusado de liderar um grupo de soldados que matou civis afegãos, reconheceu nesta segunda-feira (31) que guardou para si parte dos corpos, mas negou ter culpa no assassinato.

O advogado de Gibbs, Phil Stackhouse, afirmou que o sargento guardou dedos das mãos de três dos mortos, mas não foi responsável pela morte dos civis na província afegã de Kandahar, onde estava localizado o batalhão. "O que está se vendo neste caso é a traição final de um soldado de infantaria," disse Stackhouse ao jornal The News Tribune.

Na audiência, o soldado Jeremy Morlock, que se declarou culpado pelo assassinato de três pessoas em Kandahar, assegurou que Gibbs cortou vários dedos das vítimas, além de jogar com os corpos como se eles fossem "troféus de caça". As versões sobre o crime variam entre um Gibbs arrastado por um batalhão de soldados entorpecidos por maconha, e um sargento que explorava a fraqueza de seus companheiros para levar a cabo planos perversos.

Por sua vez, o advogado de acusação, Dan Mazzone, disse que não ocorreram assassinatos de civis no batalhão até a chegada de Gibbs, que substituiu um soldado ferido. Mazzone afirmou que outros militares relataram que o sargento ensinou como cometer assassinatos ilegais, especialmente em zonas controladas pelo Talibã.

Mazzone disse que Gibbs, 26 anos, estava tão orgulhoso de seu comportamento criminoso que pousou para fotos ao lado dos mortos e cortou os dedos das vítimas para guardar de recordação

O julgamento, que começou na semana passada em Washington, deve durar até sexta-feira. Se for considerado culpado, Gibbs pode ser condenado à prisão perpétua.

Com agências