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Chile: Milhares protestam por educação. Estudantes são presos

Nesta segunda-feira (7), um grupo de estudantes secundaristas ocupou a prefeitura de Santiago em protesto contra a privatização do ensino no país. Em uma das varandas do prédio, foi colocado um cartazes onde se lia: "A educação é um direito e a recuperaremos brigando".

Estudantes chile - Victor Ruiz Caballero/Reuters

"Ocupamos pacificamente as dependências da Prefeitura de Santiago para reiterar nosso pedido a escutarem as demandas estudantis secundaristas, que foram deixadas de lado pelo governo e pela classe política", disse o porta-voz da Assembleia Coordenada de Estudantes Secundaristas (Aces), Alfredo Vielma.

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Durante a desocupação do prédio, 44 estudantes foram presos pelos policiais chilenos.

Marcha familiar

No domingo (6), milhares de pessoas se manifestaram pacificamente pelo centro de Santiago por uma educação gratuita e de qualidade, em um novo protesto do movimento estudantil que há seis meses reclama uma mudança no modelo educacional herdado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Os estudantes convocaram a marcha familiar pela educação, que transcorreu de forma pacífica pelo centro da cidade e teve um ato cultural com discursos e shows de grupos locais.

Horas antes da marcha, o secretário de governo, Andrés Chadwick, advertiu que a polícia atuaria "com o maior rigor da lei" frente à aparição de encapuzados que tentassem transgredi-la.

Segundo a polícia chilena, unas quatro mil pessoas participaram na manifestação, encabelada pelos líderes estudantis, associações de pais e o sindicato de professores. Os organizadores disseram que a mobilização contou com a participação de 40 mil pessoas.

Antes de iniciar a marcha, a líder da Confederação de Estudiantes Chilenos, Camila Vallejo, garantiu que o movimento seguirá adiante porque suas demandas são "reais e possíveis".

Vallejo criticou o governo por se dedicar a "administrar e aprofundar este modelo de mercado na educação", e garantiu que o executivo está apostando no “desgaste" do movimento estudantil e a "não realizar nenhuma concessão que alcance mudanças estruturais."

Com informações da France Press e da La Jornada